sexta-feira, 18 de março de 2016

EGÍPCIOS - 1° ANO



Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano 
Disciplina:   História - 2016
Egípcios
·         Origem da sociedade egípcia
Provavelmente, a necessidade de enfrentar problemas comuns (abrir canais de irrigação, construir diques, organizar a atividade agrícola) levou parte dos povos egípcios a se reunir em tribos e aldeias que, ao longo do tempo, se unificaram e acabaram por originar o Baixo e Alto Egito. Na época das cheias, as águas do Nilo inundavam suas margens, depositando o húmus que fertilizava as terras – o que favorecia a agricultura. Para controlar as cheias, construíram diques e barragens, que protegiam as vilas e casas das inundações. Também construíram canais de irrigação para levar a água necessária às regiões mais distantes das margens do rio.
·         A centralização política no Egito
Por volta de 3100 a.C., os governantes do Alto Egito (sul do território) conquistaram o Baixo Egito (norte), unindo os dois reinos sob o comando de um rei: o faraó.
·         Influência das invasões de povos estrangeiros sobre o Egito
O Egito foi invadido por diversos povos: hicsos (povo nômade vindo da Ásia), assírios, persas, macedônios e romanos. Isso levou à decadência da civilização egípcia.
·         O Poder no Egito
Os assessores diretos dos faraós eram os nobres, que administravam as províncias e o exército.
O poder concentrava-se no faraó, que era o rei supremo, considerado um deus vivo e responsável pela proteção e prosperidade de seu povo. Além do poder político, o faraó detinha autoridade religiosa, administrativa, judicial e militar; para governar, contava com o auxílio de muitos funcionários: os escribas, os administradores de províncias, os militares, os sacerdotes e o tjati (vizir), chefe da administração e da justiça.
Os escribas e os sacerdotes, eram os responsáveis por manter a ordem, arrecadar impostos, administrar riqueza e submeter a população. Assim, eram eles que garantiam a estrutura de poder no Egito Antigo.      
·         A sociedade egípcia
A sociedade egípcia era constituída de camponeses (a maioria da população), diversos tipos de artesãos e um grupo relativamente pequeno de escravos. Os camponeses eram responsáveis por, praticamente, todos os trabalhos necessários á agricultura e à criação de animais.
Entre os artesãos, haviam os que produziam artigos de luxo e trabalhavam em oficinas urbanas (muitas vezes instaladas nos templos e palácios) e os menos qualificados, que trabalhavam em oficinas rurais e produziam artigos mais rústicos, além de trabalhadores especializados nos mais diversos ofícios, como os ligados ao sepultamento dos mortos (embalsamadores e decoradores de túmulos).
O grupo dos escravos era composto, principalmente, de prisioneiros de guerra; suas condições de vida variavam de acordo com as funções exercidas (nas casas, nas pedreiras, nas minas, nos campos). Podiam adquirir propriedade, testemunhar em tribunais e casar-se com pessoas livres.
·         A escravidão no Egito Antigo
Alguns egiptólogos consideram que não havia escravidão do Egito Antigo, porque, embora “pertencesse” a uma pessoa, o escravo era considerado um ser humano, e não uma “mercadoria”, tendo certo grau de liberdade e direitos, como adquirir propriedade, testemunhar em tribunais e casar-se com pessoas livres.
·         A religião e o faraó
A religião egípcia comportava a crença na condição divina do faraó (considerado um deus vivo), e isso justificava o poder, que lhe era atribuído, de controlar as forças da natureza em proveito dos egípcios.
·         A mumificação dos mortos
Usavam o processo de mumificação por acreditarem que, após a morte, as pessoas continuavam a viver no reino de Osíris, onde seriam julgados por esse deus. Os que fossem absolvidos poderiam retornar aos seus corpos, que, por isso, precisavam ser conservados.
·         Os hieróglifos
Assim como os sumérios, os egípcios desenvolveram um dos primeiros sistemas de escrita. Criaram sinais para representar coisas e objetos (pictogramas) ou sugerir idéias (ideogramas). Posteriormente, criaram sinais (letras que representavam sons (fonogramas). A escrita egípcia só foi decifrada quando os soldados de Napoleão descobriram a pedra de Roseta. Era um pedaço de pedra negra que continha um texto escrito de três formas diferentes. Em grego, hieróglifo (escrita egípcia sagrada) e demótico (escrita egípcia simplificada e mais popular). Comparando os três textos, o francês Jean-François Champolion, orientalista, conseguiu decifrar os hieróglifos em 1822.
·         Arte e conhecimentos egípcios
A crença em diversos deuses levou à criação de esculturas e pinturas que os representavam e à construção de belos templos, como os de Lúxor e Karnac, a eles dedicados. A crença na vida após a morte ocasionou a construção de grandes túmulos, como as pirâmides (exemplo: Quéops, Quéfren e Miquerinos) e os hipogeus.
Os egípcios buscavam novos conhecimentos para resolverem seus problemas práticos e concretos. Destacaram em algumas áreas do conhecimento: Química - manipulação de substâncias (surgida no Egito) deu origem a vários remédios); Matemática - (álgebra e geometria) padronização de pesos e medidas e sistema de notação numérica e de contagem. Todos esses conhecimentos foram úteis na construção das pirâmides e outros templos; Astronomia – criação de mapas com agrupamento das constelações, sendo úteis para a navegação e agricultura; Medicina – a técnica da mumificação ajudou a conhecer a anatomia do corpo humano facilitando a formação de médicos especializados.
Reino de Cuxe
·         A civilização dos cuxitas
Além dos egípcios, outras civilizações se desenvolveram no continente africano durante a Antiguidade. Uma delas foi a dos cuxitas. O Reino de Cuxe desenvolveu-se ao sul do rio Nilo, numa região que ficou conhecida como Núbia.
Sua economia estava baseada na agricultura e na criação de animais. Porém, os cuxitas também praticavam o comércio, vendendo produtos como ouro e peles de animais e importando objetos de vidro e de madeira, tecidos, armas etc.
As relações entre o Reino de Cuxe e o Egito foram marcadas por instabilidade. Houve períodos tanto de paz quanto de guerras e turbulências. Mas também houve um ativo intercâmbio cultural e comercial.

Fonte Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

POVOS DA MESOPOTÂMIA - 1° ANO



Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano 
Disciplina:   História - 2016
Povos da Mesopotâmia
·         Os primeiros povos
O nome Mesopotâmia, significa “terra entre rios”, foi atribuído à região pelos antigos gregos, dada a sua localização entre os rios Tigre e Eufrates. Atualmente, na maior parte da área da antiga Mesopotâmia localiza-se o Iraque, onde existem mais de 10 mil sítios arqueológicos.
Na região mesopotâmica viveram diferentes povos: sumérios, acádios, babilônios, assírios e caldeus, entre outros. Viviam se confrontando, eram nômades e seminômades, das montanhas ou do deserto. Atacavam as populações das planícies de terras férteis.
·         A atração dos vales inundáveis
Os vales inundáveis da Mesopotâmia eram atrativos porque o clima da região é árido, com chuvas escassas, o que tornava muito importantes as áreas inundadas periodicamente pelo Tigre e pelo Eufrates. Por isso, essas terras eram mais férteis, sendo mais favoráveis para o desenvolvimento da atividade agropastoril.
·         Elementos que contribuíram para a diferenciação social na Mesopotâmia
A especialização do trabalho permitiu a troca de bens entre as famílias. Algumas delas passaram a acumular bens em detrimento de outras, ganhando, dessa forma, maior prestígio social e político.
·         A revolução agropastoril
O desenvolvimento da agricultura e da pecuária foi modificando a forma como os grupos humanos se organizavam. Como alguns deles começaram a controlar a produção de alimentos, permaneciam mais tempo nos lugares que ocupavam, passando a formar aldeias agrícolas e pastoris.
O aumento da produção agrícola e pastoril possibilitou o aumento da população das aldeias, tornando necessárias novas formas de organização do trabalho, da justiça, da religião, da segurança dos habitantes e da proteção dos bens econômicos, que explicam o surgimento das cidades.
Nestas cidades surgiram construções como: casas, ruas, templos e palácios e, geralmente, eram cercadas por muralhas, que visavam a à sua proteção. As primeiras cidades formadas na Mesopotâmia foram: Ur, Uruk, Nippur, Kish, Lagash e Eridu.
Os zigurates eram formados por vários andares, cada um menor que o inferior. (Torre de Babel). Outra construção famosa dos povos da Mesopotâmia foram os Jardins Suspensos da Babilônia que constituíam um grande conjunto arquitetônico construído por determinação do rei Nabucodonosor.
·         Cidades Estado
Era a forma de organização política das cidades da Mesopotâmia, que jamais chegaram a formar um reino único, embora, em diferentes épocas, cidades mais poderosas tenham imposto seu domínio sobre as outras. Os povos da mesopotâmia também se organizaram em grandes impérios unificados, como o Império formado sob o governo do rei babilônio Hamurabi, por volta de 1763 a.C.
·         O rei e os sacerdotes
O rei e os sacerdotes exerciam funções semelhantes. O poder político e o poder religioso eram interligados. Os sacerdotes, além das funções religiosas, controlavam a economia dos templos e exerciam muita influência política. O rei, controlando o palácio e sua corte (funcionários), exercia o poder político e econômico, ampliado em função do crescimento das cidades e do desenvolvimento das atividades urbanas. Além disso, o poder do rei era considerado de origem divina, o que também lhe assegurava liderança religiosa.
            Uma das hipóteses para o surgimento da figura do rei e a sua aquisição de poderes é a de que, no início as cidades eram constantemente ameaçadas por invasores surgindo a necessidade de organizar uma defesa. Para isso foi necessário escolher um comandante para organizar as tropas. Ele também tinha funções sacerdotais e, com o tempo, esse comandante e sacerdote ampliou seus poderes e tornou-se uma autoridade permanente.
·         A escrita dos sumérios
Passou basicamente por três momentos. As primeiras formas de escrita eram representadas por desenhos figurativos (pictográficos) do objeto representado, utilizados como forma de registro da contabilidade dos templos (relação de produtos devidos aos deuses e as transações feitos pelos sacerdotes). Posteriormente, os sinais passaram a significar idéias (escrita ideográfica). Finalmente, passaram a representar sons da fala humana: eram impressos em argila com estilete na forma de cunha (escrita cuneiforme).
Supõe-se que o desenvolvimento da escrita esteja vinculado à necessidade de encontrar um meio mais confiável que a memória para registrar as operações comerciais e a contabilidade dos templos sumérios.
A escrita tornou possível, além da contabilidade dos templos, o registro de textos de todo tipo, incluindo a sistematização de histórias – o que, antes, só era realizado oralmente.
·         Os Assírios
Os povos da Mesopotâmia, responsáveis pela criação dos primeiros exércitos permanentes do mundo, foram os assírios.
Naquela época, outro invento que representou uma revolução na locomoção terrestre, foi a roda. Ela contribuiu para acelerar as comunicações.
·         Hamurabi
Foi um rei da Babilônia, no século XVIII a.C., que criou um código de leis (Código de Hamurábi) onde reafirmou a importância da função do rei como ordenador da vida social.
O Código de Hamurábi foi uma reunião de normas sobre transgressões cometidas; ele não apresentava definição para os crimes, mas descrevia casos específicos que seriam usados como padrão a ser aplicado em situações semelhantes. A pena era estabelecida proporcionalmente ao crime praticado, o que ficou conhecido como princípio de talião. Por exemplo: se alguém arrancasse os dentes de outro, os seus dentes seriam arrancados. A pena também poderia ser paga na forma de recompensa econômica.
·         Princípio de talião foi uma evolução no plano jurídico
O princípio de talião foi uma evolução no plano jurídico no sentido de as penas não poderiam mais ser vinganças arbitrárias e, muitas vezes, excessivas, como ocorria antes. Elas seriam castigos proporcionais aos crimes praticados. Por exemplo: se uma pessoa arrancasse os dentes de outra, teria seus próprios dentes arrancados.
Fonte Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.