terça-feira, 28 de outubro de 2014

QUESTÕES PARA REVISÃO E AVALIAÇÃO DO CADERNO 4º BIM - INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

Colégio Est. Deputado Manoel Mendonça
Prof.:   Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     3º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia - 2014

QUESTÕES PARA REVISÃO E AVALIAÇÃO DO CADERNO – 4º BIM.

Texto:  A Industrialização brasileira

1)     Explique como foi o início do processo de industrialização brasileira no final do século XIX e início do século XX? Cite também, dois fatos que desencadearam um grande impulso na industrialização brasileira:
2)     Como o ciclo do café influenciou na industrialização brasileira?
3)     Escreva cinco linhas sobre a política industrial de Getúlio Vargas:
4)     Quais as principais características do Plano de Metas de Juscelino Kubitschek?

5)     Como foi o “Milagre econômico” durante o governo dos militares?

INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     3º Ano – Ensino Médio  
Disciplina: Geografia  -  2014

INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA

·       Origens da industrialização
A industrialização brasileira começou de forma incipiente na segunda metade do século XIX, período em que se destacaram importantes empreendedores, como o barão de Mauá, no eixo São Paulo-Rio de Janeiro, e Delmiro Gouveia, em Pernambuco.
A partir da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) o país passou por um processo significativo de desenvolvimento industrial e de maior diversificação do parque fabril. Isso porque houve uma redução da entrada de mercadorias estrangeiras no Brasil por causa do conflito na Europa.
Em 1919, as fábricas de tecidos, roupas, alimentos, bebidas e fumo (indústrias de bem de consumo não duráveis) eram responsáveis por 70% da produção industrial brasileira; em 1939, no início da Segunda Guerra Mundial, essa porcentagem havia sido reduzida para 58% por causa do aumento da participação de outros produtos como aço, máquinas e material elétrico. Contudo a industrialização brasileira ainda contava, predominantemente, com indústrias de bens de consumo não duráveis e investimentos de capital privado nacional.



·       Fatos que desencadearam enorme impulso
A industrialização brasileira sofreu seu maior impulso a partir de 1929, com a crise econômica mundial decorrente da quebra da Bolsa de Valores de Nova York. Principalmente na região Sudeste do Brasil, essa crise se refletiu na redução do volume de exportações de café e na perda da importância dessa atividade no cenário econômico, o que contribuiu para a diversificação da produção agrícola brasileira.


Outro acontecimento que contribuiu para o desenvolvimento industrial foi a Revolução de 1930, que desalojou a oligarquia agroexportadora paulista do poder e abriu novas possibilidades político-administrativas em favor da industrialização, uma que o grupo que tomou o poder com Getúlio Vargas era nacionalista e favorável a tornar o Brasil um país industrial. Apesar disso, a agricultura continuou responsável pela maior parte das exportações brasileiras até a década de 1970.



·       O ciclo do café e a indústria brasileira
Com a consolidação da atividade cafeeira, foi implantada, sobretudo em São Paulo, uma ampla infraestrutura – capital, mão de obra, ampliação do mercado consumidor, energia e rede de transportes – que contribuiu para o desenvolvimento do parque industrial brasileiro.

·       A política industrial do governo Getúlio Vargas
Os dois períodos de governo de Getúlio Vargas na presidência da República (1930-1945 e 1951-1954) caracterizam-se por grandes investimentos estatais na implantação de indústrias de base no país, como, por exemplo, a criação da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), em 1942, e da Petrobras, em 1953. Nesta época, os investimentos estatais nas áreas de siderurgia e petroquímica foram muito importantes para impulsionar o crescimento do parque industrial brasileiro, já que esses setores, por exigirem um capital alto e não garantirem um rápido retorno, não atraíam o capital privado.


Foram criados órgãos estatais de regulamentação da atividade econômica, encabeçados pelo Conselho Nacional de Economia (CNE); e indústrias em setores estratégicos. A intervenção estatal no setor de base da economia foi priorizada.
Embora a expressão substituição de importação possa se utilizada desde que a primeira fábrica foi instalada no país, permitindo substituir a importação de determinado produto, foi o governo de Getúlio Vargas que iniciou a adoção de medidas fiscais e cambiais que caracterizaram uma política industrial voltada à produção interna de mercadorias que até então eram importadas.
Ao retornar à Presidência em 1951, eleito pelo povo, Getúlio Vargas retomou seu projeto nacionalista: passou a investir em setores que deram suporte e impulsionaram o crescimento econômico – sistemas de transportes, comunicações, produção de energia elétrica e petróleo – e restringiu a importação de bens de consumo. Apoiado por um grande movimento nacionalista popular, Getúlio dedicou-se à criação da Petrobras(1953) e o do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES (1952).

·       O Plano de Metas de Juscelino Kubitschek
O Plano de Metas teve como principais características os grandes investimentos estatais nos setores de energia e transportes (70% do orçamento do plano) e a maciça entrada de capital estrangeiro na implantação de novos setores industriais no Brasil: automobilístico, de eletrodomésticos, químico-farmacêutico, de máquinas e equipamentos.


Entre as principais consequências desse plano, destacam-se:
- aumento da dívida externa e da inflação;
- concentração do parque industrial na região sudeste;
- complementação do parque industrial brasileiro que, a partir do Plano de Metas, passou a dispor de indústrias de bens de produção e de bens de consumo duráveis e não duráveis.

·       O milagre econômico
O período que vai de 1968 a 1973, conhecido como o período do “milagre econômico”, caracterizou-se por elevados índices de crescimento econômico, sustentado por drástica elevação da dívida externa, contraída a taxas de juros flutuantes. A política industrial do período da ditadura militar (1964-1985) foi marcada pela internacionalização e estatização da economia nacional, acompanhada de grande crescimento do produto interno bruto (PIB).
O período dos governos militares no Brasil caracterizou-se pela apropriação do poder público por agentes que desviaram os interesses do Estado para as necessidades empresariais. As carências da população ficaram em segundo plano; as prioridades foram o crescimento do PIB e o aumento do superávit na balança comercial. O objetivo de qualquer governo é o de aumentar a produção econômica. O problema é saber como atingi-lo sem comprometer os investimentos em serviços públicos, que possibilitam a melhoria da qualidade de vida das pessoas.

·   Fontes
- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume um – São Paulo: Scipione, 2014.
- Vasentini, José Villian – Georafia: O mundo em transição – Ensino Médio – São Paulo: Ática, 2010.



QUESTÕES PARA REVISÃO E AVALIAÇÃO DO CADERNO - CARACTERÍSTICAS E CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano 
Disciplina:   Geografia – 2014

QUESTÕES PARA  REVISÃO E AVALIAÇÃO DO CADERNO - 3º BIM

Texto: Características e crescimento da população mundial

        1)       Qual a diferença entre população, povo e etnia?
        2)        Defina população absoluta, população relativa, país populoso e país povoado:
        3)       Quais as variáveis do crescimento populacional? Quais alterações o fenômeno da urbanização provoca no comportamento social em relação a queda da natalidade?
        4)       Explique a Teoria de Malthus e seus erros:

        5)       Qual a diferença entre as teorias neomalthusiana e reformista?

CARACTERÍSTICAS E CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO MUNDIAL

Col. Est. Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:   1º Ano – Ensino Médio
Disciplina: Geografia  -  2014

Características e crescimento da população mundial

  • População, povo e etnia
População é o conjunto de pessoas que residem num determinado lugar, que pode ser uma cidade, um estado, um país ou mesmo o planeta como um todo. 





Já o povo é constituído pelos habitantes de um território nacional que têm direitos e deveres de cidadania. Etnia é o conjunto é o conjunto de indivíduos que possuem a mesma história (memória, tradições, costumes) e estão inseridos em um mesmo padrão cultural, independentemente da base territorial em que se acham instalados. Etnia é sinônimo de nação e povo e, como conceitos antropológicos.

Nação brasileira










  • População absoluta, população relativa, país populoso e país povoado
População absoluta é número total de habitantes e população relativa é o numero de habitantes por quilômetros quadrados. Um país é chamado populoso quando a sua população absoluta é alta e povoado quando a sua população relativa é alta.

  • Indicadores demográficos e as condições de vida da população nos países subdesenvolvidos e emergentes.
Os indicadores demográficos (taxas de natalidade e de mortalidade, expectativa de vida, renda per capita, entre outros) são uma média aritmética e, em países subdesenvolvidos, os contrastes e desigualdades sociais são enormes. Para o cidadão desse grupo de países não interessa a expectativa média de vida da população, mas sim a expectativa de vida em sua faixa de renda.

  • Crescimento populacional
O crescimento populacional possui duas variáveis: crescimento vegetativo ou natural – diferença entre nascimento e óbtos (natalidade) e taxa de migração (diferença entre a entrada e a saída de pessoas). Com a urbanização, ocorre uma grande alteração no comportamento social, que explica a queda nos índices de natalidade: maior custo de criação dos filhos, acesso a métodos anticoncepcionais, trabalho feminino extradomiciliar, aborto etc. O processo de urbanização promove também o decréscimo das taxas de mortalidade, á medida que, nas cidades, o acesso ao saneamento básico (abastecimento de água, rede de esgotos) bem como à medicina preventiva e curativa (médicos, hospitais, postos de saúde, programas de vacinação), é facultado à maioria da população.



  • Teoria de Malthus
Malthus (1798) desenvolveu dois postulados:
1- A população, se não ocorrerem guerras, epidemias, desastres naturais, tenderia a duplicar a cada 25 anos. Ela cresceria em progressão gométrica (2, 4, 8, 16, 32...) e constituiria um fator variável, que cresceria sem parar.
2- O crescimento da produção de alimentos ocorreria apenas em progressão aritmética (2, 4, 6, 8, 10...) e possuiria certo limite de produção, por depender de um fator fixo: a própria extensão territorial dos continentes.



Malthus concluiu que o crescimento populacional seria mais acelerado que o crescimento da produção de alimentos. Previu que um dia as áreas cultivadas estariam esgotadas e a população mundial ainda continuaria crescendo

                     

A conseqüência seria a fome, falta de alimentos para as necessidades do planeta. Malthus era economista e pastor, sugeriu como solução para o problema, que as pessoas só tivessem filhos se possuíssem terras cultiváveis.

                                               


Os erros de previsão desta teoria estão ligados as limitações da época para coleta de dados, pois observou o comportamento de um região com população predominantemente rural e considerou válido para todo o planeta. Não previu, também, os efeitos decorrentes da urbanização na evolução demográfica e do progresso tecnológico aplicado à agricultura.

  • Teoria neomalthusiana
Após a Segunda Guerra Mundial foi criada a Organização das Nações Unidas(ONU). Na ocasião foram discutidas estratégias para evitar novo conflito mundial. Mas a paz dependeria da diminuição das desigualdades econômicas do planeta.
Neste contexto histórico, foi formulada a teoria demográfica neomalthusiana, defendida por alguns setores da população e dos governos dos países desenvolvidos. De acordo com esta teoria, uma numerosa população jovem, resultante das elevadas taxas de natalidade verificadas em quase todos os países subdesenvolvidos, necessitaria de grandes investimentos sociais em educação e saúde. Com isso, sobrariam menos recursos para serem investidos nos setores agrícola e industrial, o que impediria o pleno desenvolvimento das atividades econômicas e, consequentemente, da melhoria das condições de vida da população. Quanto maior o número de habitantes de um país, menor a renda per capita e a disponibilidade de capital a ser distribuído. Essa teoria chega a seguinte conclusão: o crescimento populacional é o responsável pela ocorrência da miséria. A solução seria a utilização de programas de controle de natalidade nos países subdesenvolvidos mediante a disseminação de métodos anticoncepcionais

  • Teoria populacional reformista
A teoria reformista foi elaborada durante a criação da ONU, por representantes dos países subdesenvolvidos, em resposta à teoria neomalthusiana. Em síntese, ela defende a idéia de que as elevadas taxas de natalidade dos países subdesenvolvidos são conseqüência, e não causa, da miséria que assola a população. Para que ocorra, uma queda desses índices, há a necessidade de melhorar a qualidade de vida e investir recursos nos setores sociais (saúde, educação, habitação, transportes coletivos, alimentação e lazer), levando a um controle espontâneo das taxas de natalidade, à medida que aumenta o grau de informação e conscientização dos cidadãos.

·  Fonte


- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia: volume três, 2ª ed – São Paulo: Scipione, 2014.

QUESTÕES PARA REVISÃO E AVALIAÇÃO DO CADERNO - DECLÍNIO DO FEUDALISMO

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano       
Disciplina:  História 2014

QUESTÕES PARA REVISÃO E AVALIAÇÃO DO CADERNO - 4º BIM

Texto: O declínio do feudalismo
        1)       A Idade Média foi dividida em duas fases. Escreva pelo menos 5 linhas sobre estas fases:
        2)        Quais as principais mudanças que ocorreram na agricultura a partir do século XI?
        3)       O que foram as corporações de ofício?
        4)       Explique como surgir a burguesia:

        5)       Nos séculos XIV e XV, a Europa ocidental viveu momentos críticos que desencadearam o fim do feudalismo. O que contribuiu para estes momentos críticos?

O DECLÍNIO DO FEUDALISMO

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano 

Disciplina:   História - 2014

O DECLÍNIO DO FEUDALISMO

  • O período da Baixa Idade Média
O período compreendido entre os séculos XI e XV é conhecido como Baixa Idade Média. Ele pode ser dividido em duas grandes fases:
- Primeira fase (séculos XI a XIII) – caracterizada pelo processo de expansão de diversos setores na Europa ocidental. Entre as transformações que revelam essa expansão, podemos citar: ampliação das culturas agrícolas, renascimento comercial e urbano e fortalecimento da burguesia.
- Segunda fase (séculos XIV e XV) – marcada por um processo de depressão (ou contração na Europa ocidental, decorrente das crises econômicas, política e religiosa.

  • Expansão
Do século XI ao XIII, a Europa ocidental viveu um período de relativa paz. Entre os fatores que contribuíram para isso, destacam-se:
- O fim das sucessivas ondas de invasões;
- O direcionamento do espírito guerreiro da nobreza para a luta contra pagãos e muçulmanos, por meio das cruzadas;
Isso propiciou o crescimento populacional e a retomada das atividades econômicas.

  • Desenvolvimento agrícola
As técnicas e os instrumentos utilizados na agricultura eram simples. A partir do século XI, no entanto, as condições do mundo rural passaram por mudanças significativas.
Houve mudanças nas formas de uso da terra (sistemas rotativos). Ampliação do cultivo agrícola, com ocupação de novas áreas e a expansão de novas culturas. Ao mesmo tempo, aperfeiçoaram-se técnicas e instrumentos, o que aumentou a produtividade. Entre os novos instrumentos usados na agricultura, destacaram-se:
- Charrua: um tipo de arado puxado por bois ou cavalos;
- Peitoral: peça feita de madeira, bem almofadada, permitia a utilização do cavalo para puxar a charrua;
- Ferradura: peça fixada em cada pata do cavalo para proteger seu casco em terrenos irregulares;
- Moinho d’água: equipamento usado para moer cereais e esmagar olivas, acionar foles, quebrar minérios etc.

  • O crescimento populacional
Nesse cenário de expansão, houve crescimento demográfico  por toda a Europa. Na área que hoje compreende Itália, Alemanha, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Suíça, França, Inglaterra, Espanha e Portugal, de acordo com estimativas, no século X existiam 22,10 milhões de habitantes. Já no século XIII a população cresceu para 50,35 milhões de habitantes.

  • Comércio e o crescimento das cidades medievais
A expansão comercial impulsionou a produção artesanal, pois era necessária uma quantidade cada vez maior de produtos para serem comercializados, e demandava, cada vez mais, serviços urbanos, promovendo o crescimento da burguesia e o desenvolvimento das cidades.

  • As rotas de comércio e as corporações de ofício
As rotas de comércio eram as grandes vias marítimas e terrestres utilizadas para a realização das transações comerciais a longa distância, no interior da Europa e em direção ao Oriente. Entre as principais rotas marítimas, estavam a rota comercial do norte, realizada através do mar do Norte, e a rota comercial do sul, através do Mediterrâneo; A rota comercial do Sul tinha como portos mais importantes os de Barcelona, Marselha, Gênova, Veneza, Túnis, Trípoli e Constantinopla. Os comerciantes mais atuantes eram os de Gênova e Veneza, que se dedicavam principalmente à importação de especiarias (cravo, canela, noz-moscada, pimenta) e artigos de luxo (perfumes, tecidos de seda, porcelana, marfim) do Oriente. As rotas terrestres cruzavam todo o território europeu, ligando as principais cidades.
As corporações de ofício eram organizações de artesãos para defender seus interesses, regulamentar o exercício da profissão e controlar o fornecimento de produtos; elas dirigiam, também, o ensino artesanal, que se dividia em três estágios: aprendiz, oficial e mestre (o único que podia se estabelecer por conta própria).

  • O surgimento da burguesia
Os burgos eram um núcleo urbano fortificado, que abrigava principalmente artesãos e comerciantes. O termo “burguês” denominava genericamente o habitante do burgo, mas com a ampliação e a complexidade das atividades comerciais, o termo passou a designar o rico comerciante, livre dos laços feudais e da dependência de um senhor.
A comuna era um burgo que havia conseguido a independência de um senhor feudal. A administração da comuna ficava a cargo dos comerciantes mais ricos, que se encarregavam da defesa, da elaboração de leis e de tribunais, da cobrança de impostos e da construção de obras.

  • O período de depressão
Os séculos XIV e XV, foram marcados, em sociedade da Europa ocidental, por uma série de momentos críticos, que traduzem a depressão e o esgotamento do sistema feudal. Foi, em grande parte, a própria expansão econômica e populacional das sociedades cristãs medievais, a partir do século XI, que contribuiu para essas crises.

  • A crise agrícola e as pestes
O declínio da produção agrícola acarretou períodos de fome, levando a população a um estado de fraqueza e subnutrição que favoreceu a disseminação de doenças contagiosas, como a Peste Negra.

  • As guerras internas na Europa
O término das Cruzadas contra os muçulmanos costuma ser relacionado com esse clima bélico entre a cristandade. Na ausência de um inimigo externo comum, os cristãos voltaram-se um contra os outros. Esses conflitos foram motivadas por disputas pela sucessão dinásticas e por rotas comerciais.

  • O Grande Cisma do Ocidente
Foi um conflito causado pela transferência da sede da Igreja Católica, em 1309, para a cidade francesa de Avignon, e que levou a uma divisão dessa instituição de 1378 a 1417, período em que foi liderada por dois papas, um com sede em Roma e outro em Avignon. Embora em 1418 a Igreja tenha recuperado sua unidade, essa crise religiosa colaborou para gerar insegurança e desorientação entre os membros da cristandade, fazendo surgir várias doutrinas contrárias aos dogmas da Igreja Católica.

Fonte Bibliográfica:

COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume 1, 2ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

sábado, 25 de outubro de 2014

QUESTÕES PARA REVISÃO E AVALIAÇÃO DO CADERNO (TEXTO DEMOCRACIA E ESTADO BRASILEIRO)

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1°, 2º e 3º Anos 
Disciplina:   Geografia – 2014

QUESTÕES PARA REVISÃO E AVALIAÇÃO DO CADERNO – 4º BIM

Texto: Democracia e Estado brasileiro

1)  Como funciona a democracia representativa ou indireta?

2)  Qual a diferença entre plebiscito, refendo e lei de iniciativa popular?

3)  Qual a função do Poder Executivo? Quem exerce este poder no Brasil?

4)  Qual a função do Poder Legislativo? Quem exerce este poder no Brasil?


5)  Qual a função do Poder Judiciário? Quem exerce este poder no Brasil?

DEMOCRACIA E ESTADO BRASILEIRO

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:     1º, 2º e 3º anos – Ensino Médio  
Disciplina: Geografia  -  2014

DEMOCRACIA E ESTADO BRASILEIRO

·         Democracia direta
Dá-se a Democracia Direta quando o povo exerce direta e pessoalmente os atos de governo, elaborando as leis, executando-as e aplicando-as. Assim, além de legislar, o povo decide os problemas mais importantes do Estado, como, declarar guerra e fazer a paz, escolher os mais altos funcionários e julgar os criminosos mais destacados. Atualmente só existe esta forma em alguns Cantões Suíços

·         Democracia representativa
Na democracia representativa o poder de governo é exercido por representantes do povo e eleitos ou escolhidos por esse mesmo povo. Pela representação, alguém exerce o poder em lugar do povo, mas, conforme a vontade do povo.

·         Democracia semidireta
Também chamada de mista ou participativa é a junção da democracia representativa com alguns institutos de participação direta do povo (plebiscito, referendo e participação popular).
Plebiscito: é uma consulta popular formulada anteriormente à edição de um ato legislativo ou administrativo, cabendo ao povo, pelo voto, aprovar ou denegar o que lhe foi submetido.
Referendo: também é um meio de consulta popular, só que formulada posteriormente à aprovação de projetos de lei pelo legislativo, o que demonstra que, por meio dele, o povo apenas confirmará ou rejeitará o ato legislativo criado.
Iniciativa popular: consiste na apresentação de um projeto de lei de iniciativa do povo ao Legislativo. Esse é um instrumento de participação popular que permite ao povo submeter para a aprovação do Congresso Nacional textos de lei de grande importância para a sociedade (Lei da Ficha Limpa).

O ESTADO BRASILEIRO

·         Os símbolos nacionais
Os símbolos e hinos são manifestações gráficas e musicais, de importante valor histórico, criadas para transmitir o sentimento de união nacional e mostrar a soberania do país. Segundo a Constituição, os quatro símbolos oficiais da República Federativa do Brasil são a Bandeira Nacional, o Hino Nacional, o Brasão da República e o Selo Nacional. Sua apresentação e seu uso são regulados pela Lei n. 5.700 de 1º de setembro de 1971.

A Bandeira Nacional




O Brasão da Repúblcia

O Selo Nacional



·         Organização do Governo
O Brasil é uma República Federativa Presidencialista, formada pela União, estados e municípios, em que o exercício do poder é atribuído a órgãos distintos e independentes, submetidos a um sistema de controle para garantir o cumprimento das leis e da Constituição.
O Brasil é uma República porque o Chefe de estado é eleito pelo povo, por período de tempo determinado. É Presidencialista porque o presidente da República é Chefe de Estado e também Chefe de governo. É Federativa porque os estados têm autonomia política.

·           A Teoria dos três poderes
O Poder de Estado é dividido entre órgãos políticos distintos. A teoria dos três poderes foi desenvolvida por Charles de Montesquieu em seu livro “O Espírito das Leis” (1748). Baseado na afirmação de que “só o poder freia o poder”, o mesmo afirmava que para não haver abusos, era necessário, por meios legais, dividir o Poder de Estado em Executivo, Legislativo e Judiciário. No Brasil, esses são exercidos respectivamente, pelo presidente da república, Congresso Nacional e pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

·           A União
União está divida em três poderes, independentes e harmônicos entre si.  São eles o Legislativo, que elabora leis; o Executivo, que atua na execução de programas ou prestação de serviço público; e o Poder Judiciário, que soluciona conflitos entre cidadãos, entidades e o estado.

·         O Poder Legislativo
O Legislativo é responsável por idealizar as leis e julgar as propostas do presidente. O parlamento brasileiro é bicameral, ou seja, é composto por duas “casas”: a Câmara dos Deputados e o Senado. Qualquer projeto de lei deve primeiramente passar pela Câmara e depois, se aprovado, pelo Senado.
Nos estados o Poder Legislativo é exercido pela Assembleia Legislativa, composta pelos deputados estaduais eleitos pelo povo. Os deputados estaduais deverão elaborar e propor leis para o seu estado.
No município o Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta pelos vereadores eleitos pelo povo. Os vereadores também deverão elaborar e propor leis para o seu município.

O Congresso Nacional 



·           O Poder Executivo
O Poder Executivo Federal atua para colocar programas de governo em prática ou na prestação de serviço público. É formado por órgãos de administração direta, como os ministérios, e indireta, como as empresas públicas e demais autarquias.

O Palácio do Planalto

O Executivo age junto ao Poder Legislativo, participando da elaboração das leis e sancionando ou vetando projetos. Em caso de relevância e urgência, adota medidas provisórias e propõe emendas à Constituição, projetos de leis complementares e ordinárias e leis delegadas.
O chefe máximo do Executivo é o Presidente da República, que também é o chefe de Estado e de Governo, já que o Brasil adota o regime presidencialista. O Presidente exerce, ainda, o comando supremo das Forças Armadas e tem o dever de sustentar a integridade e a independência do Brasil, entre outras atribuições.
O Vice-Presidente da República deve substituir o Presidente, no caso de impedimento ou nos casos em que o cargo se torne vago, e auxiliá-lo sempre que por ele convocado para missões especiais. Os ministros auxiliam o Presidente na direção superior da administração federal, praticando os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas ou delegadas.
No Executivo Estadual, o chefe supremo é o governador do estado, que tem sob seu comando secretários e auxiliares diretos. Cabe a ele representar a Unidade Federativa junto ao Estado brasileiro e aos demais estados, coordenar as relações jurídicas, políticas e administrativas e defender sua autonomia.
Já o Poder Executivo Municipal tem como chefe o prefeito, escolhido entre maiores de 18 anos para exercer um mandato de quatro anos, por meio de eleições diretas e simultâneas. Ele tem atribuições políticas e administrativas que se consolidam em atos de governo e se expressam no planejamento das atividades, obras e serviços municipais.
Cabe ao prefeito, ainda, apresentar, sancionar, promulgar e vetar proposições e projetos de lei. Anualmente, o Executivo Municipal elabora a proposta orçamentária, que é submetida à Câmara dos Vereadores.
Os municípios gozam de autonomia de acordo com a Constituição Federal e as constituições estaduais. Cada município é regido por uma Lei Orgânica, aprovada por dois terços dos membros da Câmara Municipal.


·         O Poder Judiciário
O Poder Judiciário deve interpretar as leis e fiscalizar o seu cumprimento. O mesmo é composto na esfera federal pelo Supremo Tribunal Federal e pelo Superior Tribunal de Justiça, na esfera estadual pelos Tribunais de Justiça. Os Juízes atuam nos municípios nas diversas comarcas.

O Supremo Tribunal Federal


·         Os Partidos Políticos
O Brasil tem um sistema político pluripartidário, ou seja, admite a formação legal de vários partidos. O partido político é uma associação voluntária de pessoas que compartilham os mesmos ideais, interesses, objetivos e doutrinas políticas, que tem como objetivo influenciar e fazer parte do poder político.


·   Fontes
- Oliveira, Nelci Silvério – Teoria Geral do Estado. 2.ed – Goiânia: AB, 2004.