domingo, 11 de setembro de 2011

ALEMANHA: A EMERGÊNCIA DE UMA POTÊNCIA


Col. Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    2º Ano – Ensino Médio    -   Matutino
Disciplina: Geografia

ALEMANHA: A EMERGÊNCIA DE UMA POTÊNCIA (CAP. 05 -  Pg.297)


·        Arrancada industrial após 1871

A arrancada industrial aconteceu após 1871, porque este ano marca a unificação político-territorial da Alemanha com a constituição do Segundo Reich.
O primeiro Reich(pronuncia-se “raich”), o Sacro Império Romano-Germânico, existiu durante a Idade Média, o Segundo marcou o nas cimento da Alemanha como Estado unificado política e territorialmente e o Terceiro teve início com a ascensão de Hitler em 1933.
A unificação territorial significou também uma unificação econômica. Surgiu um grande mercado consumidor, sem barreiras para a circulação de produtos e capitais, com uma moeda única, uma política econômica válida para o território inteiro, e uma legislação fiscal trabalhista também única. Enfim, a unificação política criou condições econômicas para um grande processo de acumulação de capitais, que antes era dificultado pela fragmentação territorial.
Concluindo, apesar de contar com algumas condições favoráveis, já bastante amadurecidas na metade do século XIX, foi essencialmente o fator geopolítico que retardou a arrancada industrial do país.

·        Poucas colônias

A Alemanha não tinha muitas colônias porque se unificou tardiamente. Assim, enquanto o Reino Unido e a França estavam conquistando territórios, esse país estava ainda empenhado na unificação do seu território. Quando se lançou à conquista de territórios externos, no final do século XIX, o mundo já estava praticamente todo dividido entre as principais potências européias.

·        As duas guerras mundiais

Tanto na primeira quanto na Segunda Guerra, a Alemanha foi o pivô dos conflitos mundiais pelo mesmo motivo. Ambas foram resultado do expansionismo alemão, com base na noção de “espaço vital” formulada por Friedrich Ratzel. Era o Estado militarista alemão empenhado em conquistar os territórios necessários para viabilizar sua expansão capitalista, seu crescimento industrial e seu fortalecimento político.


·        Tratado de Versalhes

Após a Primeira Guerra, os vitoriosos impuseram uma série de sanções à Alemanha através do Tratado de Versalhes: pesadas indenizações, grandes restrições militares e significativas perdas territoriais.


·        Limites territoriais após a 1ª e 2ª Guerras Mundiais

Após a Primeira Guerra, a Alemanha perdeu vastos territórios, como a Alsácia, a Lorena e o Sarre, para a França. Perdeu também territórios para a Polônia, com a criação do corredor polonês, isolando a Prússia Oriental. Além de perder territórios do próprio corpo do país, perdeu as poucas possessões coloniais que possuía. A Segunda Guerra foi, em grande medida, uma revanche às imposições do Tratado de Versalhes, uma tentativa de ampliar a Alemanha que redundou em nova derrota e maiores perdas territoriais. Além disso, a Alemanha, depois de um período de administração interaliada, seria, em 1949, dividida em duas: República Federal da Alemanha-RFA (ocidental) e República Democrática Alemã-RDA (oriental).


·        “Milagre Alemão”

As indústrias, as cidades e praticamente toda a infra-estrutura alemãs foram quase totalmente  arrasadas ao final do conflito. Então, como explicar o fato de esse país ser hoje a terceira economia do planeta?
Após a Segunda Guerra, durante o período da Guerra Fria, recebeu, por conta do Plano Marshall, 1,4 bilhão de dólares do tesouro norte-americano. Esse fato, aliado à entrada do país em organizações supranacionais, como a Comunidade Econômica Européia (CEE), atual União Européia, foi fundamental para a ocorrência do chamado “milagre alemão”, ou seja, da rápida reconstrução econômica do país no pós-guerra.

·        Parque Industrial e fatores locacionais

A maior concentração industrial da Alemanha encontra-se na Renânia, nos vales do Reno e do Ruhr, onde se destacam cidades como Colônia, Düsseldorf, Dortmund, Esse etc. Os principais fatores que explicam essa localização industrial são: facilidade de escoamento da produção pela hidrovia do Reno, que desemboca no porto de Roterdã (Países Baixos); grande disponibilidade de carvão mineral; concentração populacional, constituindo reserva de mão-de-obra e mercado consumidor etc.


·        Reunificação política de 1990

Impossibilitadas de concorrer com a competitiva indústria ocidental, praticamente todos os ramos industriais da ex-RDA quebraram: falências generalizadas, desemprego em massa, crise. O maior símbolo da defasagem tecnológica e da baixa competitividade das indústrias do leste pode ser resumido numa palavra: Trabant (Trabies). Eram pequenos carros fabricados na RDA. Em comparação com os Mercedes-Benz, BMW, Porshe, Audi e Volkswagen, os pequenos carros foram literalmente parar no lixo. Os antigos donos simplesmente os abandonavam nas ruas por causa da tecnologia defasada que eles mesmos fabricavam.
O governo da Alemanha unificada interveio nesse processo, canalizando bilhões de marcos com o objetivo de reconstruir a abalada infra-estrutura do lado oriental, na tentativa, diga-se de passagem bem-sucedida, de atrair investimentos para dinamizar sua economia. O ritmo de crescimento da ex-RDA é bastante rápido, muitos investimentos estão afluindo, as indústrias estão se modernizando, o desemprego está diminuindo. O que um papel fundamental nessa recuperação foram os subsídios do lado rico, os capitais da ex-Alemanha Ocidental.


Fonte Bibliográfica
MOREIRA, Carlos João, SENE, Estáquio de. GEOGRAFICA, Ensino Médio, volume único, 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2009.

BIOMAS E FORMAÇÕES VEGETAIS


Col. Est. Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:   1º Ano – Ensino Médio    -  Matutino
Disciplina: Geografia  -  2011

Capítulo  – Biomas e formações vegetais: Classificação e situação atual (Pg. 136)

  • Biomas

Biomas são sistemas em que solo, clima, relevo, fauna e demais elementos da natureza interagem entre si formando tipos semelhantes de cobertura vegetal, com as florestas tropicais, florestas temperadas, pradarias, desertos e tundras. Em escala planetárias, os biomas são unidades que evidenciam grande homogeneidade  na natureza de seus elementos.

  • Desmatamentos e suas conseqüências

Um dos mais lesivos impactos ambientais é a devastação das floretas, sobretudo as tropicais, as mais ricas em biodiversidade. Essa devastação, ocorre por fatores econômicos (extração de madeira, projetos agropecuários, projetos de mineração, instalação e expansão de garimpos, usinas hidrelétricas e outros).
A principal conseqüência do desmatamento é o comprometimento da biodiversidade, como resultado da diminuição ou, muitas vezes, da extinção de espécies vegetais e animais. Muitas espécies, hoje ainda desconhecidas, podem vir a ser a chave para a cura de doenças e poderão ser usadas na alimentação ou como matérias-primas.

  • Formações vegetais

As formações vegetais são tipos de vegetação facilmente identificáveis, que dominam extensas áreas. É o elemento mais evidente não classificação dos ecossistemas e biomas.
Principais formações vegetais:
Tundra: vegetação rasteira, de ciclo vegetariano curto. Por encontrar-se em regiões subpolares, desenvolve-se apenas durantes os três meses de verão, nos locais onde ocorre o degelo.
Florestas de coníferas: formação florestal típica da zona temperada. Ocorre nas altas latitudes do Hemisfério Norte, em regiões de climas temperados continentais, como Canadá, Suécia, Finlândia e Rússia.
Floresta temperada: diferentemente das coníferas, esta formação florestas caducifólia, típica das zonas climáticas temperadas, é encontrada em latitudes mais baixas e sob maior influência da maritimidade, o que permite a instalação de atividades agropecuárias.
Mediterrânea: desenvolve-se em regiões de clima mediterrâneo, que apresentam verões quentes e secos e invernos amenos e chuvosos. É encontrada em pequenas porções da Califórnia (Estados Unidos), do Chile, da África do Sul e da Austrália.
Formações herbáceas (pradarias): compostas basicamente de gramíneas, são encontradas sobretudo em regiões de clima temperado continental. Desenvolvem-se na Rússia e Ásia Central, nas Grandes Planícies americanas, nos Pampas argentinos, no Uruguai, na região Sul do Brasil e na Grande Bacia Artesiana (Austrália).
Formações de região semi-árida: nessas formações destacam-se as estepes, vegetação herbácea, como as pradarias, porém mas esparsa e ressecadas; no Brasil esta formação equivale à caatinga.
Deserto: bioma cujas espécies vegetais estão adaptadas à escassez de água, situação típica dos climas polares, áridos e semi-áridos. Em regiões de climas áridos e semi-áridos desenvolvem-se os desertos quentes, cujas espécies são xerófilas, destacando-se as cactáceas. Aparecem nos desertos da América, África, Ásia e Oceania, ou seja, em todos os continentes com exceção da Europa.
Floresta estacional e savana: em regiões onde o índice de chuvas é elevado, porém concentrado em poucos meses do ano, podem se formar floresta que perdem totalmente as folhas durante a estação seca, ou podem formar-se as savanas, formação vegetal complexa que apresenta estratos arbóreo, arbustivo e herbáceo. São encontradas em grandes extensões da África, na América do Sul, no México, na Austrália e na Índia. São amplamente utilizadas para a agricultura e pecuária.
Floresta pluvial tropical e subtropical: nas regiões tropicais quentes e úmidas encontramos florestas que se desenvolvem graças aos seus significativos índices pluviométricos. São extremamente heterogêneas, que se localizam em baixas latitudes da América, na África e na Ásia.
Alta montanha: em regiões montanhosas há uma grandes variação altitudinal da vegetação, como nas proximidades do Equador e nas baixas altitudes do sopé da Cordilheira dos Andes.À medida que aumenta a altitude e diminui a temperatura, os solos ficam mais rasos e a vegetação, mais esparsa.

  • Biomas e formações vegetais do Brasil

O Brasil tem várias zonas climáticas, desde equatoriais até subtropicais, e essa diversificação contribui para a formação de diferentes biomas: floresta tropical úmida (Floresta Amazônica e Mata Atlântica), floresta subtropical, o cerrado, a caatinga e os campos, além do pantanal.
Floresta amazônica (floresta pluvial equatorial): é a maior floresta tropical do mundo, totalizando cerca de 40 % das florestas pluviais tropicais do planeta. A floresta Amazônica apresenta três estratos de vegetação: caaigapó ou igapó (área permanentemente alagada ao longo dos rios), vázea (área sujeita a inundações periódicas) e caaetê ou terra firme (área que nunca se inunda).
Mata atlântica (floresta pluvial tropical): originalmente cobria uma área de 1 milhão de km2, estendendo-se ao longo do litoral desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul e alargando-se significativamente para o interior em Minas Gerais e São Paulo. É um dos biomas mais importantes para a preservação da biodiversidade brasileira e mundial, mas é também o mais ameaçado.
Mata de araucárias ou Mata dos Pinhais (floresta pluvial subtropical): é uma floresta na qual predomina o pinheiro-do-paraná, ou araucária (Araucária angustifólia), espécie adaptada a climas de temperatura moderadas a baixas no inverno, solos férteis e índice pluviométrico superior a 1000 mm anuais.
Mata dos Cocais: esta formação vegetal se localiza no estado do Maranhão, encravada entre a Floresta Amazônica, o cerrado e a caatinga, caracterizando-se como mata de transição entre formações bastante distintas. É constituída por palmeiras, com grande predominância do babaçu e ocorrência esporádica de carnaúba.
Caatinga: vegetação xerófila, adaptada ao clima semi-árido, na qual predominam arbustos caducifólios e espinhosos; ocorrem também cactáceas, como o xique-xique e o mandacaru, comuns no Sertão.
Cerrado: é constituído por vegetação caducifólia (ou estacional), predominantemente arbustiva, de raízes profundas, galhos retorcidos e casca grossa (que dificulta a perda de água). Duas das espécies mais conhecidas são o pequizeiro e o buriti. É adaptado ao clima tropical típico, com chuvas abundantes no verão e inverno seco, desenvolvendo-se, sobretudo, no Centro-oeste brasileiro.
Pantanal: Há vegetação rasteira, floresta tropical e mesmo vegetação típica do cerrado nas regiões de maior altitude. Portanto, não é uma formação vegetal, mas um complexo que agrupa várias formações e também uma fauna muito rica. Aparece principalmente nos estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Campos naturais: formações rasteiras ou herbáceas constituídas por gramíneas que atingem até 60 cm de altura. Os campos mais famosos do Brasil localizam-se no Rio Grande do Sul (Campanha Gaúcha), no Mato Grosso do Sul (os campos de Vacaria).
Vegetação Litorânea: podem ser consideradas formações vegetais litorâneas a restinga e os manguezais. A restinga se desenvolve na areia, com predominância de arbustos e ocorrência de algumas árvores, como chapéu-de-sol, coqueiro e goiabeira. Os manguezais são nichos ecológicos responsáveis pela reprodução de grande número de espécies de peixes, moluscos e crustáceos.

·  Unidades de Conservação

Com a Lei 4771, foi criado o Código Florestas, que estabeleceu normas para o uso das florestas e demais tipos de biomas, fixando percentuais máximos para a retirada da vegetação, diferenciados por região. Foram criadas, então, as Unidades de Conservação.
As Unidades de Conservação são áreas de preservação agrupadas conforme a restrição ao uso. As unidades classificadas como de restrição total são denominadas Unidades de Proteção Integral; aquelas cujo nível de restrição é menor têm uso voltado ao desenvolvimento cultural, educacional e recreacional e são denominadas Unidades de Uso Sustentável.


·  Fonte

- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.

ADMINISTRAÇÃO PORTUGUESA E IGREJA CATÓLICA

 
Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    2° Ano 
Disciplina:   História

Capítulo 22 –
Adiministração Portuguesa e Igreja Católica(Pg. 201)

·        As Capitanias Hereditárias
O sistema de capitanias hereditárias foi instituído por ordem do rei D. João III, em 1534, com a divisão do território brasileiro em 15 grandes porções de terra (capitanias ou danatarias), entregues à administração e exploração econômica dos capitães ou donatários, que passavam essa atribuição a seus descendentes. Dentre os direitos e deveres dos donatários podem ser destacados: crias vilas e distribuir sesmarias (terras); exercer autoridade judicial e administrativa; escravizar os indígenas, considerados inimigos, e prendê-lo por meio da chamada guerra justa; enviar até 30 índios escravizados por ano a Portugal; e receber a vigésima parte dos lucros do comércio do pau-brasil. Em troca, deviam garantir ao rei de Portugal: 10 % dos lucros sobre todos os produtos da terra; um quinto dos lucros sobre os metais e pedras preciosas encontrados; e o monopólio da exploração do pau-brasil.

·        Principais resultados do sistema de capitanias
Foram lançadas as bases da colonização; formaram-se os primeiros núcleos de povoamento (São Vicente, em 1532; Ilhéus, em 1536; Olinda, em 1537; e Santos, em 1545); preservou-se a posse das terras; foram reveladas as possibilidades de exploração econômica da colônia, com o início do cultivo da cana-de-açúcar. Problemas: a grande extensão das terras e a falta de recursos suficientes para explorá-las; a hostilidade dos grupos indígenas que resistiam à dominação portuguesa; o isolamento das capitanias entre si e em relação a Portugal, devido às grandes distâncias e às precárias condições dos meios de transporte da época; o fato de algum as capitanias não terem solo propício ao cultivo da cana-de-açúcar, restando aos seus donatários a exploração do pau-brasil. Somente duas capitanias conseguiram prosperar: Pernambuco e São Vicente.

·        O Governo Geral
Para interferir mais diretamente no processo de colonização, dado o êxito reduzido das capitanias hereditárias (somente duas), Portugal resolveu adotar o sistema de Governo Geral. Em termos administrativos, a principal mudança foi representada pela criação de um governo centralizado, com sede na cidade de Salvador, na capitania da Bahia, exercido por representantes da Coroa Portuguesa – o governador-geral e seus auxiliares (Ouvidor-mor: negócios da justiça; provedor-mor: assuntos da fazenda e capitão-mor: defesa do litoral)

·        Os homens bons
Eram os proprietários de terra, de escravos ou de gado que residiam na cidade e exerciam, em muitas vilas e cidades, o poder político; atuavam nas Câmaras Municipais, encarregadas da administração local.
O controle do poder local pelos “homens bons”, na América portuguesa, significava o exercício do poder político pelos detentores do poder econômico. No Brasil de hoje, legal e formalmente, isso não deveria ocorrer; mas, na prática, pode-se afirmar que essa situação ainda persiste, uma vez que o sistema político e eleitoral ainda é muito controlado pelos que possuem mais recursos econômicos.

·        As Câmaras Municipais
Eram controladas pelos homens-bons, atuavam em diversos setores, como o abastecimento, a tributação e execução das leis. Os homens bons também organizavam expedições contra os indígenas, determinavam a construção de povoados e estabeleciam preços das mercadorias. Devido à esses poderes, muitas vezes as Câmaras se rebelavam contra o poder central representado pelo governo-geral.
O Brasil de hoje, também, apresenta uma administração pública que mantém alguns aspectos que podem ser considerados herança do período colonial: a excessiva centralização, gerando uma burocracia complicada e lenta, o que leva o usuário à busca de soluções alternativas, muitas vezes dando origem a fraudes e corrupção.

·        A Coroa Portuguesa e a Igreja Católica
As relações entre a Coroa Portuguesa e a Igreja Católica eram reguladas por meio do regime de padroado – um acordo entre o papa e o rei que estabelecia deveres e direitos da Coroa portuguesa em relação à Igreja. Entre os deveres destacavam-se: garantir a expansão do catolicismo nas terras conquistadas, construir e conservar igrejas e remunerar sacerdotes. Entre os direitos estavam: nomear bispos, criar dioceses e recolher o dízimo ofertado pelos fiéis à Igreja.

·        O Tribunal da Inquisição
Os representantes do Tribunal da Inquisição eram enviados ao Brasil para combater os chamados “crimes contra as verdades da fé cristã”, praticados por aqueles que resistiam ou escapavam à obrigação de seguir a religião católica. Nessas visitações, eram abertos processos contra as pessoas acusadas de crimes contra a fé, muitas das quais foram levadas a Portugal para julgamento.
Na América portuguesa (Brasil) a Inquisição perseguia e reprimia culturas que sofriam a dominação colonial (indígena e africana), além os cristãos novos (judeus convertidos ao cristianismo). Enquanto na Idade Média era feita a instalação direta de tribunais da Inquisição, no Brasil eram realizadas as chamadas visitações.

·        A língua e a religião
O ensino da língua portuguesa foi importante no processo de catequese porque constituiu um elemento fundamental na compreensão e assimilação dos novos conceitos, religiosos e culturais, que os missionários procuravam incutir nos indígenas, sobretudo nas crianças. Juntamente com a língua portuguesa, os indígenas deveriam assimilar a cultura e religião cristã, abandonando seus próprios hábitos e costumes.

·        A influência da Igreja Católica no Brasil Colônia e na atualidade
No período colonial, a Igreja Católica era, ao lado da monarquia, a instituição que articulava o processo de colonização, exercendo uma ampla gama de poderes em todos os setores da sociedade: político, econômico, cultural, além do especificamente religioso. A religião católica era oficial e, a rigor, estava na base de todas as manifestações culturais da colônia. Atualmente, embora ainda muito influente, pois o catolicismo é a religião da maioria da população brasileira, a Igreja Católica tem muito menos poder em relação ao conjunto da sociedade. A principal mudança, porém, diz respeito à posição política da Igreja: no período colonial, ela era ligada ao Estado e fazia parte da elite dominante; na atualidade, há setores que se identificam com as camadas populares e, em determinadas situações, assumem posições de crítica e de oposição às elites políticas dominantes.


Fonte Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

O IMPÉRIO BIZANTINO


Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo 
Série:    1° Ano 
Disciplina:   História


Capítulo 10 – Império Bizantino (Pg. 99)

  • Constantinopla
Também chamada de Bizâncio, cidade fundada por marinheiros gregos em 657 a.C. Situada na passagem do mar Egeu para o mar Negro, Bizâncio era um importante entroncamento das rotas comerciais que integravam os dois continentes (Europa e Ásia).
Constantino (Imperador Romano em 330), devido a crise no ocidente, transferiu  a capital do Império Romano para Bizâncio e reuniu arquitetos, engenheiros e artesãos para remodelar a cidade, ordenando a construção de novas estradas, casas, igrejas, muralhas e outras edificações. Para a população, a cidade passou a se chamar Constantinopla, em homenagem ao seu fundador.

  • O Império Bizantino
No século VI, o Império Bizantino, praticamente, dominava a área mediterrânea, alcançando os três continentes que o circundam. Foram incorporados: no continente europeu, as penínsulas Balcânica e Itálica, estendendo-se a norte até a Bulgária e o extremo sul da península Ibérica; na Ásia Ocidental, a região sírio-palestina e Ásia Menor, englobando a Turquia e ocupando quase todo o litoral do mar Negro; e na África, todo o litoral norte, alcançando grande extensão do Egito.

  • A população do Império Bizantino
Havia grande número de escravos; os pobres recebiam do Estado, gratuitamente, alimentos e diversão (meio empregado para controlar os descontentes). Os trabalhadores livres, porém, eram mal remunerados e muitos viviam desabrigados nas ruas, porque o preço das moradias era muito elevado. Ainda assim, as condições de vida em Bizâncio eram consideradas as melhores do império.

  • Revolta de Nika
Nika foi uma revolta popular contra a opressão dos governantes e a cobrança de elevados tributos para custear gastos militares e demais despesas do império. As tensões sociais extravasaram num movimento de protesto contra as injustiças. A revolta iniciou-se no hipódromo, aos brados de nika, nika, (vitória, vitória), e adquiriu o caráter de rebelião contra o imperador (que tentara interferir no resultado da competição). Foi duramente reprimida, e quase 35 mil pessoas foram mortas.


  • Realizações na área do Direito
A área do Direito foi a mais destacada durante o governo de Justiniano. Foi elaborado o Código de Justiniano, que serviu de base para a legislação de muitos países ocidentais, incluindo o Brasil.

  • Cesaropapismo
Cesaropapismo é a união dos poderes estatal  e religioso, dando ao governante o comando do Estado e a proteção da Igreja. No Império Bizantino, essa união não foi pacífica, havendo muitos conflitos entre os imperadores e os papas. Os conflitos culminaram, em 1054, com o Grande Cisma do Oriente, isto é, a divisão do mundo cristão em duas Igrejas: a Igreja Católica do Oriente, conhecida como Igreja Ortodoxa, e a Igreja Católica do Ocidente, conhecida como Igreja Católica Apostólica Romana.

  • A economia bizantina
Era baseada no comércio (com a agricultura como atividade fundamental). O desenvolvimento das atividades urbanas (principalmente a manufatura de artigos de luxo) também teve muita importância. Outro aspecto que interferia na economia eram as condições dos trabalhadores urbanos e rurais.

  • A cultura bizantina
A cultura bizantina caracterizou-se pela integração do Oriente com o Ocidente, a importância do Cristianismo e a grande influência da Igreja; a diversidade no campo da arte.
A produção cultura bizantina, incluindo as realizações no campo da arte, integrava o luxo e o exotismo orientais como o equilíbrio e a leveza da arte clássica greco-romana. As principais realizações foram: a construção de igrejas com cúpula (arquitetura); a arte do mosaico, empregando pedra e vidro coloridos sobre um vidro claro, recoberto por ouro em folhas; a produção de esculturas, que serviam aos ideais religiosos, utilizando ouro, marfim e vidro em estatuetas caracterizadas por cores vivas e pelo aspecto místico.

  • Conseqüências da conquista de Constantinopla pelos turcos
As principais conseqüências foram: a migração de intelectuais bizantinos para a península itálica (o que exerceu influência sobre o movimento conhecido como Renascimento) e o aumento nos preços e os impostos cobrados dos comerciantes europeus que se abastecem de produtos orientais em Constantinopla. Com isto os europeus foram obrigados a buscar novas rotas de comércio dando início ao processo das grandes navegações.

Fonte Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

Vídeos:
O Império Bizantino - vídeo 1 

O Império Bizantino - vídeo 2