quarta-feira, 1 de junho de 2011

OS ROMANOS

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1° Ano
Disciplina: História

Capítulo 9 – Romanos (Pg. 81)

• Povos da península itálica
Os principais povos que habitaram a península itálica entre os séculos XX e VIII a.C. foram os italiotas (subdivididos em latinos, volscos, équos, úmbrios, sabinos, samnitas), os etruscos e os gregos.

• Períodos da história política
1ª) Monarquia, (753-509 a.C) – época em que Roma era uma pequena cidade sob a influência dos etruscos.
2ª) República, (509-27 a.C) - Roma desenvolveu suas instituições sociais e econômicas e expandiu seu território, tornando-se uma das maiores civilizações do mundo antigo.
3ª) Império, (27 a.C.-476 d.C) – os romanos enfrentaram inúmeros problemas internos e externos. A combinação desses problemas levou a civilização romana à decadência

• A monarquia etrusca em Roma
A monarquia etrusca em Roma tinha três instâncias de poder: o rei, o Senado e a Assembléia Curial. O rei era o chefe militar e religioso e o juiz; era fiscalizado pelo Senado e pela Assembléia Curial. O Senado era um conselho formado por velhos cidadãos que chefiavam as grandes famílias (génos). A Assembléia Curial compunha-se de cidadãos (soldados) agrupados em cúrias (conjunto de dez clãs), e só se reunia quando convocada pelo rei.

• A Sociedade
Os patrícios, eram grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos. Desfrutavam de direitos políticos e podiam desempenhar altas funções públicas no exército, na religião, na justiça ou na administração. Eram os cidadãos romanos.
Os clientes, eram homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos serviços pessoais. Constituíam ponto de apoio da dominação política e militar dos patrícios.
Os plebeus, eram homens e mulheres livres que se dedicavam ao comércio, ao artesanato e ao trabalhos agrícolas. Constituíam a maioria da população e não possuíam direitos de cidadãos.
Os escravos, inicialmente eram os devedores incapazes de pagar suas dívidas. Com a expansão militar o grupo passou a incluir prisioneiros de guerra. Era considerado um bem material, ou seja, podia ser vendido, castigado ou alugado.

• A República
A palavra república, em latim, quer dizer “coisa de todos”. No entanto, o que se viu em Roma não foi a distribuição do poder, mas a instalação de uma organização política dominada pelos patrícios. Embora a maioria da população fosse composta de plebeus, eles não tinham o direito de participar das decisões políticas.

• Patrícios e plebeus
Os plebeus constituíam a maior parte da população; a segurança da cidade dependia da existência de um exército forte e numeroso, por isso a participação deles no exército era fundamental. Ao perceberem sua importância, os plebeus passaram a se rebelar contra o domínio dos patrícios, recusando-se, por exemplo, a participar do exército. Essa situação gerou uma luta entre os dois grupos sociais que durou mais de um século.

• Os direitos dos plebeus
Após as lutas políticas, os principais direitos conquistados pelos plebeus foram: a codificação escrita das leis (a Lei das Doze Tábuas, em 450 a.C.), que evitava a arbitrariedade; a Lei Canuléia, em 445 a.C., que autorizava o casamento entre patrícios e plebeus; a eleição de magistrados plebeus (367-366 a.C); e a lei que proibia a escravização por dívidas, por volta de 366 a.C., até a escravidão de romanos ser definitivamente abolida (em 326 a.C.).

• Expansão territorial e Guerras Púnicas
O principal motivo que desencadeou as Guerras Púnicas (Guerras contra Cartago – cidade do norte da África) foi a disputa entre Roma e Cartago pela hegemonia comercial na região do Mediterrâneo.
Estas guerras foram favoráveis à expansão territorial romana porque a destruição da cidade rival abriu caminho para a dominação romana sobre as regiões ocidentais (península Ibérica e Gália) e sobre a região oriental (Macedônia, Grécia e Ásia menor). A expansão romana pôde ocupar todo o Mediterrâneo, que passou a ser chamado pelos romanos, de maré nostrum, “nosso mar”.

• A expansão territorial e os grupos sociais
As conquistar militares, que garantiram a expansão territorial, acarretaram o acúmulo de riquezas em Roma. Com isso, o estilo de vida romano modificou-se: de simples e modesto tornou-se luxuoso e requintado. Os principais beneficiados foram os nobres ricos, que se apropriaram de grandes faixas de terra (latifúndios) cultivadas por escravos. Muitos plebeus, porém, voltaram para Roma empobrecidos, forçados a vender tudo que possuíam; sem suas terras, migraram para a cidade, aumentando o número de pobres e famintos.

• Revoltas de escravos
As revoltas de escravos aconteceram devido à resistência que eles opunham à exploração a que eram submetidos.
A principal revolta foi liderada por Espártaco que reuniu, entre 73 e 71 a.C., quase 80 mil escravos, onde, com um forte exército, ameaçou o poder de Roma durante quase dois anos.
Espártaco e seu exército só foi derrotado em 71 a.C. por uma força do exército romano, sob o comando de Licínio Crasso.

• A decadência da república
Do ponto de vista dos patrícios, a crise da República se apresentava como ações e pressão contra seus privilégios; do ponto de vista dos plebeus, representava a oportunidade de reivindicar reformas sociais, em benefício da massa do povo.
Os irmãos Graco propuseram reformas para diminuir as tensões sociais que incluíam: leis de reforma agrária, visando limitar o crescimento dos latifúndios e promover a distribuição de terras entre os camponeses plebeus. Tendo terra para trabalhar e, com isso, obter seu sustento, os plebeus deixariam de engrossar a massa de pobres que, na cidade, fazia pressão por mudanças, criando tensão social.

• Governo de Júlio César
Durante o governo de Júlio César as principais medidas adotadas foram: reorganização político-administrativa em Roma, distribuição de terras entre os soldados, aumento da colonização das províncias romanas. Essas medidas causavam temor na aristocracia porque contribuíam para aumentar o prestígio e o poder de César, o que poderia levar à completa extinção das instituições da República.

• O império
A partir de 27 a.C., Otávio foi acumulando poderes e títulos, entre eles o de augusto (divino, magestoso). Na prática, tornou-se o governante supremo de Roma, mas não assumiu oficialmente o título de rei e permitiu que as instituições republicanas – como o Senado - continuassem existindo na aparência.

• O governo de Otávio
As principais características de seu governo foram: concentração de poderes em suas mãos, mas com as instituições republicanas, como o Senado, continuando a existir na aparência; a profissionalização do exército; e a organização interna do Império, com a interrupção do processo de conquistas militares.

• Pax Romana e o sistema de produção
A “Pax Romana” acarretou mudanças em relação ao trabalho escravo. Com a interrupção das conquistas, não havia mais prisioneiros de guerra, e o número de escravos tendeu a diminuir. Muitos senhores passaram a conceder liberdade para alguns escravos, que se transformaram em colonos ligados à terra do senhor, com uma série de obrigações a cumprir. Alguns ex-escravos chegaram a enriquecer.

• A crise do Império
A sustentação de um império tão vasto exigia elevados gastos públicos. Por isso, ao longo do tempo, a carga tributária foi ampliada, tornando-se pesada diante do enfraquecimento da economia, abalada pela diminuição do número de escravos. Essa situação provocou uma crise, agravada pela pressão militar dos povos que os romanos chamavam de “bárbaros” sobre as fronteiras do Império e por disputas internas entre os chefes militares romanos, o que gerou indisciplina no exército e levou à desestruturação do comando central de Roma.

• Os bárbaros
Os “bárbaros” (visigodos, ostrogodos e alamanos, entre outros) eram povos que viviam fora do império e não falavam latim. Fizeram sucessivos ataques ao Império Romano do Ocidente, já enfraquecido por divisões internas, tomando parte, desse modo, do seu fim.

• Legados deixados para o ocidente
Uma das mais significativas permanências de aspectos da cultura romana entre os povos ocidentais está no campo do direito, que ocupava posição central no conjunto do saber romano. Muitas legislações foram criadas pelos romanos para regular o comportamento social nos vastos domínios de Roma.
Mas, numa sociedade com tantas desigualdades, nem tudo o que o direito estabelecia formalmente se aplicava à vida cotidiana da maioria das pessoas.
A língua latina constitui uma das mais importantes permanências culturais da Roma antiga entre os povos ocidentais. O latim, língua original dos habitantes do Lácio, difundiu-se na Antiguidade juntamente com as conquistas romanas. Dele se originaram os idiomas italiano, português, espanhol, francês e romeno.

• Constantino I e o Cristianismo
Constantino I converteu-se ao cristianismo e, pelo Edito de Milão, em 313, concedeu liberdade religiosa em todo o Império Romano. Assim, foi permitido aos cristãos construir igrejas e celebrar seu culto publicamente, favorecendo a expansão do cristianismo por todo o Império.


Fonte Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.


VÍDEO - ROMANOS PARTE 1

VÍDEO - ROMANOS PARTE 2

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