domingo, 12 de junho de 2011

CLIMA

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1º Ano – Ensino Médio - Matutino
Disciplina: Geografia - 2011

Capítulo 3 – Clima Pg. (90)

• Tempo e Clima
Tempo – corresponde a um estado momentâneo da atmosfera num determinado lugar, com relação à combinação de certos fenômenos físicos, como temperatura, umidade, ventos e nebulosidade; ele pode mudar em poucas horas ou até mesmo de um instante para outro.
Clima – corresponde ao comportamento do tempo em determinado lugar durante um período suficiente longo, ou seja, é a sucessão dos diferentes tipos de tempo. Para compreender o clima de um lugar, é necessário estudar os tipos de tempos que correm nessa região durante um período nunca inferior a 30 anos.

• Fatores climáticos e atributos ou elementos do clima
Chamamos fatores climáticos às condições físicas de uma região ou do planeta que interferem nas condições do clima em diferentes escalas. São eles: latitude, altitude, massas de ar, correntes marítimas, continentalidade ou maritimidade, relevo, vegetação e urbanização.
O comportamento dos atributos ou elementos climáticos – temperatura, umidade e pressão atmosférica – é resultado da conjugação desses fatores. Apresenta-se diferenciado nas diversas regiões do planeta, bem como, no caso da atuação das massas de ar, ao longo do ano.

• Latitude
Quanto maior a latitude, menores serão as temperaturas médias anuais, pois maior será a inclinação com que os raios solares incidirão sobre a superfície terrestre, aumentando, consequentemente, a área a ser aquecida por uma determinada quantidade de energia. Por outro lado, quanto menor for a latitude, maiores serão as médias térmicas anuais, pois menor será a área da superfície a ser aquecida pela mesma quantidade de energia.

• Altitude
Quanto maior a altitude, menores serão as médias térmicas anuais, porque a atmosfera se aquece por irradiação de calor absorvido. Quanto mais nos aproximamos do nível do mar, maiores serão as médias anuais de temperatura, pois aumenta a superfície de contato da terra com a atmosfera.

• Massas de ar
A ação diferenciada das massas de ar ao longo do ano é um dos fatores que explicam a variação do comportamento do tempo. Por exemplo: o clima em Manaus é quente e úmido no decorrer do ano porque, na região, atuam somente massas de ar quentes e úmidas (massa equatorial continental – MEC – e massa equatorial atlântica – meã). Já na região Sul do país, o verão é quente e úmido porque, nessa estação, atua a massa tropical atlântica (mTa), que é quente e úmida. O inverno, por sua vez, é frio e úmido, características da massa polar atlântica (mPa), que atua sobre a região nessa época do ano.

• Tipos de chuva
Para que ocorra precipitação de água na atmosfera, a umidade tem que passar do estado gasoso para o líquido (condensação), o que depende da redução de temperatura. A partir dessa informação, podemos classificar a chuva em três tipos:
1 – chuva de relevo ou orográfica: para ultrapassar uma forma de relevo (uma serra, por exemplo), a massa de ar ganha altitude; as temperaturas mais baixas provocam condensação do vapor de água e, consequentemente, precipitação;
2 – chuva frontal: a temperatura cai na zona de contato de uma massa de ar frio com uma massa de ar quente, ocorrendo, daí, a precipitação;
3 – chuva de convecção: nos dias quentes, o ar próximo à superfície se aquece, fica mais leve e sobe. Nas camadas superiores da atmosfera, vão se formando nuvens (vapor de água condensado) ao longo do dia. No final da tarde ou começo da noite, ocorre a precipitação.

• Tipos de climas
1 – Polar ou glacial
2 – Temperado e frio
3 – Mediterrâneo
4 – Tropical
5 – Equatorial
6 – Subtropical
7 – Árido ou desértico
8 – Semi-árido

• Inversão térmica
A inversão térmica, um fenômeno natural que geralmente ocorre nas primeiras horas da manhã, consiste na inversão de camadas na atmosfera: o ar frio fica abaixo e o ar quente, acima. Ao ocorrer em centros urbanos, impedindo a circulação atmosférica vertical, dificulta a dispersão do ar frio carregado de poluentes que está relativamente próximo do solo, agravando sobremaneira o problema da poluição.

• Ilhas de calor
É um fenômeno típico das grandes metrópoles, devido ao elevado índice de edificações e de impermeabilização do solo, particularmente nas zonas centrais, o que causa maior irradiação de calor, que eleva as temperaturas.

• Efeito estufa
O efeito estufa, ao que tudo indica, é causado pela elevação do índice de alguns gases na atmosfera, como o dióxido de carbono e o metano, que têm a propriedade de absorver calor, provocando a elevação das temperaturas médias do planeta.

• Conseqüências do efeito estufa
A conseqüência provável da intensificação do efeito estufa é a mudança dos climas de diversas regiões, em função das alterações provocadas na circulação atmosférica. Numa previsão catastrófica, poderia fundir o gelo das montanhas, das terras cobertas de gelo nos pólos, além de provocar maior dilatação das águas, levando a uma elevação do nível dos oceanos, o que causaria grandes danos às cidades litorâneas.

• Chuva ácida
A chuva normalmente é levemente ácida. Portanto, quando se fala em chuva ácida, está se falando de uma elevação anormal da acidez como conseqüência do lançamento na atmosfera de SO2 e NO2. O dióxido de enxofre primeiro reage com o oxigênio e vira SO3. Logo em seguida, o trióxido de enxofre, ao reagir com a água em suspensão, transforma-se em ácido sulfúrico ((H2SO4). O dióxido de nitrogênio, por sua vez, ao reagir com a água, transforma-se em ácido nítrico (HNO3) e nitroso (HNO2). Esses ácidos são muito fortes e provocam corrosão de metais, pinturas, monumentos etc., além de acidificarem lagos, muitas vezes até muitos quilômetros de distância, matando espécies e desequilibrando ecossistemas.

• Fontes
- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.

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