domingo, 12 de junho de 2011

GREGOS

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1° Ano
Disciplina: História

Capítulo 8 – Gregos (Pg. 66)

• Creta
Há cerca de 5 mil anos, a ilha de Creta, por sua localização, tornou-se ponto de encontro entre a Grécia e as civilizações do Crescente Fértil, o que favoreceu o desenvolvimento de atividades marítimas e comerciais. Entre 1700 e 1450 a.C. instalou-se na cidade de Cnossos uma poderosa monarquia que impôs sua supremacia sobre as demais cidades e expandiu a dominação cretense, formando um império comercial-marítimo que, por se basear na navegação marítima, foi denominada talassocracia.

• As cidades-Estados
As cidades-Estados originaram-se das transformações ocorridas na organização dos génos (grandes famílias). No início, a vida econômica era baseada na fraternidade e na cooperação social, com a terra, a colheita e o rebanho pertencendo à comunidade. Posteriormente, alguns grupos acumularam riqueza e poder, e passaram a se considerar os melhores (aristoi, em grego). Com isso a vida comunitária dos génos foi-se dissolvendo, formando-se a pólis (ou cidade-Estado), com governo, leis, calendário e moeda próprios.

• A colonização grega
A expansão colonizadora dos gregos deveu-se a questões sociais originadas por problemas de posse da terra, dificuldades na agricultura e aumento da população, o que levou grande parte dos gregos a procurar novas terras para se fixar.

• Esparta
A sociedade espartana, marcada pelo caráter militarista da cidade, era constituída por três grupos sociais: os esparciatas (cidadãos espartanos), homens livres, proprietários de terras, que não podiam exercer o comércio e ficavam à disposição do exército ou dos negócios públicos: os periecos, também homens livres, que não tinham direitos políticos e se dedicavam principalmente ao comércio e ao artesanato; e os hilotas, que tinham obrigação de cultivar as terras dos esparciatas, das quais não podiam ser expulsos. Essa organização se traduzia na estrutura de poder, com o domínio político exclusivo dos esparciatas, que exerciam todos os cargos e funções de governo.

• A democracia ateniense
A democracia grega surgiu a partir da reação de grande parte dos atenienses frente aos abusos e à concentração de poder da aristocracia (classe formada por um grupo reduzido de pessoas que detêm o poder econômico ou político). Com a ação de alguns reformadores, nos séculos VII e VI a.C., a situação política foi sendo, aos poucos, modificada. Drácon impôs leis escritas acabando com as vendetas(guerras entre famílias por vingança); Sólon libertou os cidadãos transformados em escravos. Esse processo culminou com a criação de um novo modo de governar Atenas – a democracia, que se consolidou com Clístenes (510 a 507 a.C). O princípio básico do regime democrático dizia que “todos os cidadãos têm o mesmo direito perante as leis” – princípio da isonomia.

• Democracia limitada
A democracia ateniense não atingia igualmente a todos os que lá viviam. Restringia-se aos cidadãos (pequena parte da população masculina). Os estrangeiros (metecos), os escravos, as mulheres e os jovens menores de 21 anos não tinham direitos políticos e estavam excluídos da vida democrática.

• Aristóteles e a escravidão
Aristóteles justifica a escravidão pela própria natureza, que, segundo ele, faz o corpo dos escravos e o do homem livre diferentes. O corpo do escravo seria forte, adaptado para a atividade servil; o do homem livre, ereto, seria inadequado para o trabalho, porém apto para a vida do cidadão.

• Elementos culturais
Arquitetura: destacam-se os templos, cuja principal função era abrigar as esculturas dos deuses e deusas. Não eram locais para reunião ou adoração e sim para serem vistos do exterior. Os principais estilos arquitetônicos foram: dórico (as colunas eram simples e sóbrias), jônico (as colunas eram cheias de ornamentos, sugerindo leveza) e coríntio (as colunas apresentavam uma variação da ordem jônica, era mais rebuscada e exuberante).
Escultura: relacionada com à religião, mesclava o divino e o humano, o espiritual e o físico. Deuses e deusas eram representados em forma humana. Na época clássica idealizava conceitos e sentimentos, como a justiça, o amor, a guerra, a paz, a sabedoria etc.
Teatro: os autores criavam textos cômicos (comédias) ou dramáticos (tragédias). Os atenienses apreciavam os diferentes gêneros teatrais e havia festivais e concursos entre os autores.
Ciências: Os gregos aperfeiçoaram o alfabeto fenício, inserindo as vogais, e o transmitiram a diversos povos. Na escrita da história destacaram-se Heródoto (484-425 a.C.), conhecido como o “pai da história”, e Tucídides (460-396 a.C.). Na filosofia, Sócrates (469-399 a.C.), Platão (427-347 a.C.) e Aristóteles (384-322 a.C.), enfatizaram a importância da razão como instrumento para se adquirir conhecimento e sabedoria. Da filosofia desmembraram as outras ciências destacando nomes como os matemáticos Tales de Mileto e Pitágoras. Na medicina destacou-se Hipócrates (pai da medicina)

• Guerra Médicas
A expansão econômica e cultural da Grécia, alcançando a costa ocidental da Ásia (Ásia Menor), provocou o confronto com o Império Persa, com a disputa de rotas comerciais, mercados e matérias-primas. Desse confronto resultou o conflito que se estendeu de 499 a 475 a.C.(Guerras Greco-Pérsicas ou Guerras Médicas). A guerra promoveu a solidariedade entre os gregos, que, com a liderança de Atenas e Esparta, conseguiram deter a invasão persa. O papel de destaque coube aos atenienses: Atenas, após a guerra, tornou-se a mais poderosa cidade grega, tanto do ponto de vista militar quanto econômico.

• Guerra do Peloponeso
O poderio de Atenas, decorrente das Guerras Médicas, provocou a reação de outras cidades gregas, comandadas por Esparta, que organizou e liderou a Liga do Peloponeso. A guerra entre as cidades rivais durou 27 anos (431-404 a.C.) e terminou com a vitória de Esparta; os aristocratas espartanos estenderam sua influência sobre o mundo grego durante cerca de 30 anos. Essa liderança, contudo, foi interrompida por novas revoltas comandadas por habitantes da cidade de Tebas, que contavam com um poderoso exército.

• Conseqüência das guerras para a vida política
Após vencer as tropas espartanas, as lideranças tebanas instituíram um período de hegemonia entre os gregos, que durou de 371 a 362 a.C. Mas, após anos de guerras internas, as cidades gregas ficaram enfraquecidas nas suas instituições públicas, debilitando o mundo grego. Aproveitando-se desta “crise” da polis, o rei Filipe da Macedônia preparou um forte exército para conquistar a Grécia.

• O Império Macedônico
Liderando o exército macedônico, Alexandre Magno (o Grande, como ficou conhecido), filho do rei Filipe da Macedônia, sufocou definitivamente as revoltas das cidades gregas (Tebas e Atenas) e, depois partiu com mais de 40 mil homens em direção ao Oriente.
O Império Macedônico foi responsável pela difusão da cultura grega desde o Egito até o Extremo Oriente, e promoveu trocas culturais com o mundo oriental.

• A cultura helenística (Grega)
As principais características da cultura helenística são:
- O clima de incerteza, descrença e materialismo que dominava o campo filosófico, expresso no estoicismo (afirmava ser inútil lutar contra o inevitável, o homem devia aceitar seu destino) e no hedonismo (que ensinava que o homem devia buscar o prazer, pois este representa o bem, enquanto a dor representa o mal);
- O desenvolvimento do conhecimento científico;
- O caráter mais dramático, plástico e emotivo do equilíbrio e do racionalismo clássico grego.

• Religião e Mitologia
A religião grega não tinha um conjunto fixo de normas (dogmas) escritas em um único livro sagrado. Seus princípios foram transmitidos pela tradição oral.
Entre as características da religião grega, cita-se o politeísmo (culto a vários deuses) e o antropomorfismo (do grego antropo=homem e morfismo=referente à forma – os deuses gregos eram representados com forma e comportamento semelhantes aos dos seres humanos. Os gregos reverenciavam também, os heróis, os semideuses, filhos de um deus imortal com uma pessoa morta. Entre os heróis gregos destaca-se Hércules, o mais forte de todos.
Narrando a vida dos deuses e heróis e seus envolvimentos com os humanos, os gregos criaram um rico conjunto de mitos (mitologia), que exerceu grande influência sobre a arte e o pensamento dos povos ocidentais.
O termo mito tem diversos sentidos. Pode significar uma idéia falsa, como o “mito da superioridade racial dos germânicos”; uma crença exagerada no talento de alguém, algo como “Elvis Presley foi o maior mito do rock mundial”; ou ainda algo não comprovado, irreal supersticioso, como o mito da existência de marcianos. Na história dos gregos antigos, mito se refere aos relatos da tradição cultural daquele povo, que utilizava elementos simbólicos para explicar a realidade e dar sentido à vida. As lendas narradas pelos mitos são ricas em símbolos e imagens e propõem reflexões sobre os homens e sua condição no mundo.

Fonte Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.

 
VÍDEO GRÉCIA ANTIGA PARTE 1
 
VÍDEO GRÉCIA ANTIGA PARTE 2

SOLO

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1º Ano – Ensino Médio - Matutino
Disciplina: Geografia - 2011

Capítulo 4 – Solo (Pg. 116)

• Conceito e Formação do solo
- Para a mineração, solo é um detrito que deve ser separado dos minerais explorados e depois removido; para algumas ciências, como a ecologia, é um sistema vivo composto por partículas minerais e orgânicas que possibilita o desenvolvimento de diversos ecossistemas. Para a Geografia, solo é a parte natural e integrada à paisagem que dá suporte às plantas que nele se desenvolvem.
- O solo é formado num processo contínuo, pela desagregação e decomposição das rochas. Quando expostas à atmosfera, as rochas sofrem a ação direta do calor do Sol e da água da chuva, entre outros fatores, que modificam seus aspectos físicos e composição química dos minerais que a compõem. Em outras palavras, sofrem a ação do intemperismo físico e químico.
- Ao processo que origina os solos e seus horizontes dá-se o nome de pedogênese.
- Basicamente o solo é constituído de: Partículas minerais (argila, silte, areia fina, areia grossa e cascalho), matéria orgânica (restos vegetais e animais – húmus), água e ar.

• Perfis do Solo
O perfil de um solo bem desenvolvido possui basicamente quatro tipos de horizontes, chamados de horizontes principais:
- Horizonte O: camada superior do solo, orgânica;
- Horizonte A: camada com acúmulo de matéria orgânica;
- Horizonte E: claro de máxima remoção de argila e/ou óxidos de ferro;
- Horizonte B: máxima expressão de cor e concentração de materiais removidos de A e E;
- Horizonte C: material inconsolidado de rocha alterada;
- R: Rocha não alterada (que não é solo).

• Erosão
Conjunto de ações que modelam uma paisagem. Importante fator de modelagem das formas de relevo, de desgaste dos solos agricultáveis e, quando resulta de ação humana sobre a natureza, pode comprometer o equilíbrio ambiental.

• Etapas do desgaste do solo
As três etapas do desgaste de solos provocados pelo processo erosivo são intemperismo, transporte e sedimentação. A melhor forma de se combater esse desgaste é por meio da diminuição da velocidade de escoamento da água.

• Práticas agrícolas para conservação do solo
Algumas práticas agrícolas são utilizadas para a conservação do solo, quebrando a velocidade de escoamento das águas das chuvas, entre elas:
- Terraceamento: prática que consiste em fazer cortes nas superfícies íngremes para formar degraus.
- Curvas nível: consiste em arar o solo e depois semeá-lo seguindo as cotas altimétricas do relevo.
- Associação de culturas: prática que consiste em plantar espécies, principalmente leguminosas, entre fileiras de culturas que deixam parte de solo exposto, favorecendo também o equilíbrio orgânico do solo.

• Voçorocas
As voçorocas se formam basicamente de duas maneiras: erosão descontrolada sobre sulcos que se formam pela ação das águas pluviais na superfície e no subsolo, e solapamento das camadas inferiores do solo, provocando desmoronamentos e conseqüente formação de sulcos que vão aumentando de tamanho.

• Deslizamentos
As encostas, à medida que a camada de solo vai adquirindo maior profundidade ao longo do tempo geológico, tende a deslizar quando sua espessura, peso e declividade criarem as condições propícias. Esse processo é acelerado pela ação humana quando ocorre desmatamento e ocupação das encostas, o que aumenta o peso da massa solta sujeita ao escorregamento.

• Fontes
- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.

CLIMA

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1º Ano – Ensino Médio - Matutino
Disciplina: Geografia - 2011

Capítulo 3 – Clima Pg. (90)

• Tempo e Clima
Tempo – corresponde a um estado momentâneo da atmosfera num determinado lugar, com relação à combinação de certos fenômenos físicos, como temperatura, umidade, ventos e nebulosidade; ele pode mudar em poucas horas ou até mesmo de um instante para outro.
Clima – corresponde ao comportamento do tempo em determinado lugar durante um período suficiente longo, ou seja, é a sucessão dos diferentes tipos de tempo. Para compreender o clima de um lugar, é necessário estudar os tipos de tempos que correm nessa região durante um período nunca inferior a 30 anos.

• Fatores climáticos e atributos ou elementos do clima
Chamamos fatores climáticos às condições físicas de uma região ou do planeta que interferem nas condições do clima em diferentes escalas. São eles: latitude, altitude, massas de ar, correntes marítimas, continentalidade ou maritimidade, relevo, vegetação e urbanização.
O comportamento dos atributos ou elementos climáticos – temperatura, umidade e pressão atmosférica – é resultado da conjugação desses fatores. Apresenta-se diferenciado nas diversas regiões do planeta, bem como, no caso da atuação das massas de ar, ao longo do ano.

• Latitude
Quanto maior a latitude, menores serão as temperaturas médias anuais, pois maior será a inclinação com que os raios solares incidirão sobre a superfície terrestre, aumentando, consequentemente, a área a ser aquecida por uma determinada quantidade de energia. Por outro lado, quanto menor for a latitude, maiores serão as médias térmicas anuais, pois menor será a área da superfície a ser aquecida pela mesma quantidade de energia.

• Altitude
Quanto maior a altitude, menores serão as médias térmicas anuais, porque a atmosfera se aquece por irradiação de calor absorvido. Quanto mais nos aproximamos do nível do mar, maiores serão as médias anuais de temperatura, pois aumenta a superfície de contato da terra com a atmosfera.

• Massas de ar
A ação diferenciada das massas de ar ao longo do ano é um dos fatores que explicam a variação do comportamento do tempo. Por exemplo: o clima em Manaus é quente e úmido no decorrer do ano porque, na região, atuam somente massas de ar quentes e úmidas (massa equatorial continental – MEC – e massa equatorial atlântica – meã). Já na região Sul do país, o verão é quente e úmido porque, nessa estação, atua a massa tropical atlântica (mTa), que é quente e úmida. O inverno, por sua vez, é frio e úmido, características da massa polar atlântica (mPa), que atua sobre a região nessa época do ano.

• Tipos de chuva
Para que ocorra precipitação de água na atmosfera, a umidade tem que passar do estado gasoso para o líquido (condensação), o que depende da redução de temperatura. A partir dessa informação, podemos classificar a chuva em três tipos:
1 – chuva de relevo ou orográfica: para ultrapassar uma forma de relevo (uma serra, por exemplo), a massa de ar ganha altitude; as temperaturas mais baixas provocam condensação do vapor de água e, consequentemente, precipitação;
2 – chuva frontal: a temperatura cai na zona de contato de uma massa de ar frio com uma massa de ar quente, ocorrendo, daí, a precipitação;
3 – chuva de convecção: nos dias quentes, o ar próximo à superfície se aquece, fica mais leve e sobe. Nas camadas superiores da atmosfera, vão se formando nuvens (vapor de água condensado) ao longo do dia. No final da tarde ou começo da noite, ocorre a precipitação.

• Tipos de climas
1 – Polar ou glacial
2 – Temperado e frio
3 – Mediterrâneo
4 – Tropical
5 – Equatorial
6 – Subtropical
7 – Árido ou desértico
8 – Semi-árido

• Inversão térmica
A inversão térmica, um fenômeno natural que geralmente ocorre nas primeiras horas da manhã, consiste na inversão de camadas na atmosfera: o ar frio fica abaixo e o ar quente, acima. Ao ocorrer em centros urbanos, impedindo a circulação atmosférica vertical, dificulta a dispersão do ar frio carregado de poluentes que está relativamente próximo do solo, agravando sobremaneira o problema da poluição.

• Ilhas de calor
É um fenômeno típico das grandes metrópoles, devido ao elevado índice de edificações e de impermeabilização do solo, particularmente nas zonas centrais, o que causa maior irradiação de calor, que eleva as temperaturas.

• Efeito estufa
O efeito estufa, ao que tudo indica, é causado pela elevação do índice de alguns gases na atmosfera, como o dióxido de carbono e o metano, que têm a propriedade de absorver calor, provocando a elevação das temperaturas médias do planeta.

• Conseqüências do efeito estufa
A conseqüência provável da intensificação do efeito estufa é a mudança dos climas de diversas regiões, em função das alterações provocadas na circulação atmosférica. Numa previsão catastrófica, poderia fundir o gelo das montanhas, das terras cobertas de gelo nos pólos, além de provocar maior dilatação das águas, levando a uma elevação do nível dos oceanos, o que causaria grandes danos às cidades litorâneas.

• Chuva ácida
A chuva normalmente é levemente ácida. Portanto, quando se fala em chuva ácida, está se falando de uma elevação anormal da acidez como conseqüência do lançamento na atmosfera de SO2 e NO2. O dióxido de enxofre primeiro reage com o oxigênio e vira SO3. Logo em seguida, o trióxido de enxofre, ao reagir com a água em suspensão, transforma-se em ácido sulfúrico ((H2SO4). O dióxido de nitrogênio, por sua vez, ao reagir com a água, transforma-se em ácido nítrico (HNO3) e nitroso (HNO2). Esses ácidos são muito fortes e provocam corrosão de metais, pinturas, monumentos etc., além de acidificarem lagos, muitas vezes até muitos quilômetros de distância, matando espécies e desequilibrando ecossistemas.

• Fontes
- Moreira, João Carlos, Eustáquio de Sene – Geografia : volume único – São Paulo: Scipione, 2005.

ESTADOS UNIDOS: O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO DA SUPERPOTÊNCIA

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2º Ano – Ensino Médio - Noturno
Disciplina: Geografia



ESTADOS UNIDOS: O PROCESSO DE INDUSTRIALIZAÇÃO DA SUPERPOTÊNCIA



• Formação territorial
Desde sua independência, em 1776, os Estados Unidos foram ampliando cada vez mais o seu território, a partir das treze colônias. Alguns territórios foram conquistados após vitória em guerras, como as terras que se estendem dos Apalaches até o Mississipi, pertencentes ao Reino Unido até 1783. Após anexar o Texas, que se separou do México, em 1845, houve uma guerra entre os Estados Unidos e aquele país, Vitorioso, esse país ampliou o território até a Califórnia, em 1848, à custa de mais da metade do território mexicano. Outros territórios foram incorporados por meio de compra: Louisiana, em 1803, comprada da França; Flórida, em 1819, adquirida da Espanha; Alasca, em 1867, comprado da Rússia. Um acordo firmado com o Reino Unido, em 1846, garantiu o acesso a territórios no noroeste, em troca de não-agressão ao Canadá. Finalmente, o Havaí, em disputa com o Japão, foi anexado em 1898, transformando-se no qüinquagésimo estado norte-americano.



• Fatores que contribuíram para a industrialização
Uma combinação de fatores de ordem política, social, econômica, cultural e natural explica a industrialização dos Estados Unidos, concentrada inicialmente no nordeste do país. A hegemonia política e econômica do modelo de sociedade originada das colônias de povoamento, a hegemonia da burguesia nortista após a Guerra de Secessão, leis que favoreceram a entrada de imigrantes, que constituíram uma ampla reserva de mão-de-obra e um amplo mercado consumidor, a enorme disponibilidade de minérios e combustíveis fósseis, o fortalecimento da ética do trabalho entre a população, a facilidade de escoamento da produção pelos Grandes Lagos, ligados com o oceano através de rios, entre outros fatores.



• A importância de não nascer importante
O fato de o norte das treze colônias ter nascido sem importância para o Reino Unido fez com que essa metrópole exercesse um controle pouco rígido sobre a região, em comparação ao que exercia em suas outras colônias, como a Índia ou as da África e do Caribe, muito mais importantes do ponto de vista econômico. Isso ocorreu porque o norte das treze colônias não tinha muita coisa valiosa a oferecer aos colonizadores. Não tinha clima tropical para a introdução de plantations, não tinha metais preciosos, nem era estratégico, daí o controle flexível. Isso foi de suma importância para os Estados Unidos, pois acabou criando as condições para a separação e, posteriormente, para a industrialização dessa região, que, com o passar do tempo, tornou-se a mais importante dentro do território norte-americano.



• Guerra de Secessão
O fim da Guerra de Secessão, com a vitória nortista, marcou a hegemonia da burguesia urbano-industrial ascendente sobre a aristocracia rural-agrária do sul. Com a vitória nortista, a burguesia impôs seu modelo de sociedade e seus interesses ao restante do país. Passou a controlar o Estado norte-americano e, interessada em ampliar o mercado consumidor para seus produtos, acabou com a escravidão, desenvolveu uma política de doação terras no oeste, uma política de modernização do campo etc. Essas medidas colaboraram para a industrialização do país.



• Concentrações industriais
As principais concentrações industriais estão no nordeste do país, desde a costa litorânea até o sul dos Grandes Lagos, porque, como já foi dito, essa região reuniu os fatores mais importantes para o início da industrialização. Apesar da descentralização recente, essa ainda é a região mais industrializada dos Estados Unidos.



• Descentralização industrial após a Segunda Guerra
Com o exagerado crescimento das megalópodes do nordeste dos Estados Unidos, gradativamente foi havendo uma elevação dos custos gerais de produção. A descentralização no pós-guerra é uma tentativa de baixar custos de produção, garantindo, portanto, maiores lucros. As regiões que mais se beneficiaram dessa tendência foram o Sul e o Oeste. As cidades que mais têm crescido nos Estados Unidos são Orlando, Dallas, Houston, Seatle, Phoenix, Portland, Atlanta etc.



• Fator locacional e indústria de alta tecnologia
As indústrias de alta-tecnologia – microeletrônica, informática etc. -, típicas da atual revolução técnico-científica, tendem a se localizar em torno de centros de pesquisa e de universidades, pois necessitam de mão-de-obra altamente qualificada. Poderíamos citar como exemplo o tecnopolo do Vale do Silício, a maior concentração mundial dessas indústrias, localizado ao sul de São Francisco (Califórnia), que se desenvolveu em torno da Universidade Stanford.




Fonte Bibliográfica



MOREIRA, Carlos João, SENE, Estáquio de. GEOGRAFICA, Ensino Médio, volume único, 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2009.

REINO UNIDO E FRANÇA: OS PRIMEIROS PAÍSES A SE INDUSTRIALIZAR

Colégio Estadual Deputado Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 2º Ano – Ensino Médio - Noturno
Disciplina: Geografia

REINO UNIDO E FRANÇA: OS PRIMEIROS PAÍSES A SE INDUSTRIALIZAR

• O Reino Unido foi o primeiro a se industrializar
O Reino unido foi o primeiro país a se industrializar porque foi nesse país que, pela primeira vez na história, se reuniram as condições fundamentais para a eclosão do processo de industrialização, tais como: maior acúmulo de capitais durante o capitalismo comercial; consolidação precoce da burguesia no poder; desenvolvimento, no país, dos principais avanços tecnológicos da época; disponibilidade de grandes jazidas de carvão mineral; abundância de mão-de-obra etc.

• Principais regiões industriais do Reino Unido
As principais regiões industriais aparecem no centro-sul do Reino Unido, especialmente no eixo Grande Londres-Grande Birmingham. As “regiões negras”, embora decadentes, ainda têm centros industriais importantes, como Manchester, Liverpool e Glasgow.

• Queda como potência industrial
O reino Unido tem perdido terreno para outras potências, especialmente no pós-guerra, porque não conseguiu acompanhar o acelerado ritmo de inovações tecnológicas introduzidas no processo produtivo, que elevou o nível de produtividade e competitividade de países como o Japão, os Estados Unidos e a Alemanha. Como resultado seu crescimento econômico foi menor e hoje o Reino Unido é a quarta economia do mundo, bem atrás dos outros três mencionados acima, sobretudo dos Estados Unidos, sua ex-colônia. Assim, o Reino Unido sofreu uma decadência relativa, ou seja, embora continue sendo uma potência econômica, perdeu terreno para seus competidores.

• Início da industrialização na França
A França iniciou de forma consistente seu processo de industrialização no início do século XIX, quando já tinha se estabilizado politicamente, ou seja, quando a sua burguesia já tinha se consolidado no poder, após os acontecimentos da Revolução Francesa de 1789. Em fins do século XIX, enquanto o Reino Unido já entrava na Revolução Industrial, a França ainda estava fazendo sua revolução burguesa.

• Principais concentrações industriais francesas
Há importantes concentrações industriais francesas nas regiões ricas em carvão e minério de ferro, por isso pioneiras, na Lorena, no Nordeste; também no Norte em Pás-de-Calais, onde a exploração carbonífera já está praticamente esgotada. Há centros industriais importantes ao longo dos rios navegáveis, como Lyon (rio Ródano), Paris (rio Sena) etc. Existem também centros industriais importantes localizados em torno de portos oceânicos: Marselha (Mediterrâneo), Le Havre (Atlântico) etc. Mas os principal centro industrial é a região de Paris, que engloba a capital e vários municípios periféricos, principalmente porque, além de ser a capital, concentra o maior mercado consumidor e a maior disponibilidade de mão-de-obra do país.

• A energia na França e no Reino Unido
O Reino Unido tornou-se um dos grandes produtores de petróleo do mundo a partir da década de 70. Com as duas crises do petróleo e a brutal elevação do preço do barril, passou a ser necessária a exploração em águas profundas, já que as reservas do mineral encontram-se na plataforma continental do Mar do Norte. O Reino Unido, em menos de uma década, passou de importador a exportador de petróleo. Já a França não tem reservas relevantes, sendo, por isso, grande importador. Para compensar a escassez dessa fonte de energia, a França investiu maciçamente em seu programa nuclear, já que o país é rico em urânio. Em 2003, 75% da energia elétrica gerada no país provinha de usinas nucleares movidas a urânio enriquecido.

Fonte Bibliográfica

MOREIRA, Carlos João, SENE, Estáquio de. GEOGRAFICA, Ensino Médio, volume único, 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2009

quarta-feira, 1 de junho de 2011

OS ROMANOS

Col. Est. Dep. Manoel Mendonça
Prof.: Cássio Vladimir de Araújo
Série: 1° Ano
Disciplina: História

Capítulo 9 – Romanos (Pg. 81)

• Povos da península itálica
Os principais povos que habitaram a península itálica entre os séculos XX e VIII a.C. foram os italiotas (subdivididos em latinos, volscos, équos, úmbrios, sabinos, samnitas), os etruscos e os gregos.

• Períodos da história política
1ª) Monarquia, (753-509 a.C) – época em que Roma era uma pequena cidade sob a influência dos etruscos.
2ª) República, (509-27 a.C) - Roma desenvolveu suas instituições sociais e econômicas e expandiu seu território, tornando-se uma das maiores civilizações do mundo antigo.
3ª) Império, (27 a.C.-476 d.C) – os romanos enfrentaram inúmeros problemas internos e externos. A combinação desses problemas levou a civilização romana à decadência

• A monarquia etrusca em Roma
A monarquia etrusca em Roma tinha três instâncias de poder: o rei, o Senado e a Assembléia Curial. O rei era o chefe militar e religioso e o juiz; era fiscalizado pelo Senado e pela Assembléia Curial. O Senado era um conselho formado por velhos cidadãos que chefiavam as grandes famílias (génos). A Assembléia Curial compunha-se de cidadãos (soldados) agrupados em cúrias (conjunto de dez clãs), e só se reunia quando convocada pelo rei.

• A Sociedade
Os patrícios, eram grandes proprietários de terras, rebanhos e escravos. Desfrutavam de direitos políticos e podiam desempenhar altas funções públicas no exército, na religião, na justiça ou na administração. Eram os cidadãos romanos.
Os clientes, eram homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos serviços pessoais. Constituíam ponto de apoio da dominação política e militar dos patrícios.
Os plebeus, eram homens e mulheres livres que se dedicavam ao comércio, ao artesanato e ao trabalhos agrícolas. Constituíam a maioria da população e não possuíam direitos de cidadãos.
Os escravos, inicialmente eram os devedores incapazes de pagar suas dívidas. Com a expansão militar o grupo passou a incluir prisioneiros de guerra. Era considerado um bem material, ou seja, podia ser vendido, castigado ou alugado.

• A República
A palavra república, em latim, quer dizer “coisa de todos”. No entanto, o que se viu em Roma não foi a distribuição do poder, mas a instalação de uma organização política dominada pelos patrícios. Embora a maioria da população fosse composta de plebeus, eles não tinham o direito de participar das decisões políticas.

• Patrícios e plebeus
Os plebeus constituíam a maior parte da população; a segurança da cidade dependia da existência de um exército forte e numeroso, por isso a participação deles no exército era fundamental. Ao perceberem sua importância, os plebeus passaram a se rebelar contra o domínio dos patrícios, recusando-se, por exemplo, a participar do exército. Essa situação gerou uma luta entre os dois grupos sociais que durou mais de um século.

• Os direitos dos plebeus
Após as lutas políticas, os principais direitos conquistados pelos plebeus foram: a codificação escrita das leis (a Lei das Doze Tábuas, em 450 a.C.), que evitava a arbitrariedade; a Lei Canuléia, em 445 a.C., que autorizava o casamento entre patrícios e plebeus; a eleição de magistrados plebeus (367-366 a.C); e a lei que proibia a escravização por dívidas, por volta de 366 a.C., até a escravidão de romanos ser definitivamente abolida (em 326 a.C.).

• Expansão territorial e Guerras Púnicas
O principal motivo que desencadeou as Guerras Púnicas (Guerras contra Cartago – cidade do norte da África) foi a disputa entre Roma e Cartago pela hegemonia comercial na região do Mediterrâneo.
Estas guerras foram favoráveis à expansão territorial romana porque a destruição da cidade rival abriu caminho para a dominação romana sobre as regiões ocidentais (península Ibérica e Gália) e sobre a região oriental (Macedônia, Grécia e Ásia menor). A expansão romana pôde ocupar todo o Mediterrâneo, que passou a ser chamado pelos romanos, de maré nostrum, “nosso mar”.

• A expansão territorial e os grupos sociais
As conquistar militares, que garantiram a expansão territorial, acarretaram o acúmulo de riquezas em Roma. Com isso, o estilo de vida romano modificou-se: de simples e modesto tornou-se luxuoso e requintado. Os principais beneficiados foram os nobres ricos, que se apropriaram de grandes faixas de terra (latifúndios) cultivadas por escravos. Muitos plebeus, porém, voltaram para Roma empobrecidos, forçados a vender tudo que possuíam; sem suas terras, migraram para a cidade, aumentando o número de pobres e famintos.

• Revoltas de escravos
As revoltas de escravos aconteceram devido à resistência que eles opunham à exploração a que eram submetidos.
A principal revolta foi liderada por Espártaco que reuniu, entre 73 e 71 a.C., quase 80 mil escravos, onde, com um forte exército, ameaçou o poder de Roma durante quase dois anos.
Espártaco e seu exército só foi derrotado em 71 a.C. por uma força do exército romano, sob o comando de Licínio Crasso.

• A decadência da república
Do ponto de vista dos patrícios, a crise da República se apresentava como ações e pressão contra seus privilégios; do ponto de vista dos plebeus, representava a oportunidade de reivindicar reformas sociais, em benefício da massa do povo.
Os irmãos Graco propuseram reformas para diminuir as tensões sociais que incluíam: leis de reforma agrária, visando limitar o crescimento dos latifúndios e promover a distribuição de terras entre os camponeses plebeus. Tendo terra para trabalhar e, com isso, obter seu sustento, os plebeus deixariam de engrossar a massa de pobres que, na cidade, fazia pressão por mudanças, criando tensão social.

• Governo de Júlio César
Durante o governo de Júlio César as principais medidas adotadas foram: reorganização político-administrativa em Roma, distribuição de terras entre os soldados, aumento da colonização das províncias romanas. Essas medidas causavam temor na aristocracia porque contribuíam para aumentar o prestígio e o poder de César, o que poderia levar à completa extinção das instituições da República.

• O império
A partir de 27 a.C., Otávio foi acumulando poderes e títulos, entre eles o de augusto (divino, magestoso). Na prática, tornou-se o governante supremo de Roma, mas não assumiu oficialmente o título de rei e permitiu que as instituições republicanas – como o Senado - continuassem existindo na aparência.

• O governo de Otávio
As principais características de seu governo foram: concentração de poderes em suas mãos, mas com as instituições republicanas, como o Senado, continuando a existir na aparência; a profissionalização do exército; e a organização interna do Império, com a interrupção do processo de conquistas militares.

• Pax Romana e o sistema de produção
A “Pax Romana” acarretou mudanças em relação ao trabalho escravo. Com a interrupção das conquistas, não havia mais prisioneiros de guerra, e o número de escravos tendeu a diminuir. Muitos senhores passaram a conceder liberdade para alguns escravos, que se transformaram em colonos ligados à terra do senhor, com uma série de obrigações a cumprir. Alguns ex-escravos chegaram a enriquecer.

• A crise do Império
A sustentação de um império tão vasto exigia elevados gastos públicos. Por isso, ao longo do tempo, a carga tributária foi ampliada, tornando-se pesada diante do enfraquecimento da economia, abalada pela diminuição do número de escravos. Essa situação provocou uma crise, agravada pela pressão militar dos povos que os romanos chamavam de “bárbaros” sobre as fronteiras do Império e por disputas internas entre os chefes militares romanos, o que gerou indisciplina no exército e levou à desestruturação do comando central de Roma.

• Os bárbaros
Os “bárbaros” (visigodos, ostrogodos e alamanos, entre outros) eram povos que viviam fora do império e não falavam latim. Fizeram sucessivos ataques ao Império Romano do Ocidente, já enfraquecido por divisões internas, tomando parte, desse modo, do seu fim.

• Legados deixados para o ocidente
Uma das mais significativas permanências de aspectos da cultura romana entre os povos ocidentais está no campo do direito, que ocupava posição central no conjunto do saber romano. Muitas legislações foram criadas pelos romanos para regular o comportamento social nos vastos domínios de Roma.
Mas, numa sociedade com tantas desigualdades, nem tudo o que o direito estabelecia formalmente se aplicava à vida cotidiana da maioria das pessoas.
A língua latina constitui uma das mais importantes permanências culturais da Roma antiga entre os povos ocidentais. O latim, língua original dos habitantes do Lácio, difundiu-se na Antiguidade juntamente com as conquistas romanas. Dele se originaram os idiomas italiano, português, espanhol, francês e romeno.

• Constantino I e o Cristianismo
Constantino I converteu-se ao cristianismo e, pelo Edito de Milão, em 313, concedeu liberdade religiosa em todo o Império Romano. Assim, foi permitido aos cristãos construir igrejas e celebrar seu culto publicamente, favorecendo a expansão do cristianismo por todo o Império.


Fonte Bibliográfica:
COTRIM, Gilberto, História Global – Brasil e Geral, volume único, 8ª ed. São Paulo: Saraiva, 2005.


VÍDEO - ROMANOS PARTE 1

VÍDEO - ROMANOS PARTE 2